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24/02/2022 às 13h20min - Atualizada em 24/02/2022 às 13h20min

Desde março de 2021, o Banco Central iniciou aumentos na taxa Selic

Nesse intervalo, os juros saíram de 2% ao ano para 10,75%

ESPECIAL PARA O DIÁRIO | EM PARCERIA COM EMP
Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Agosto de 2020 foi o mês em que a taxa Selic chegou ao patamar mais baixo da história, 2% ao ano. Mas, a partir de março de 2021, com o intuito de controlar a inflação e desestimular o consumo, essa taxa começou a subir. No começo deste mês foi fixada em 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom)

Como a Selic é utilizada como taxa de referência, é comum ver aumento nos juros dos empréstimos e financiamentos oferecidos pelas instituições financeiras. Mas, como ocorreu neste ano, a alta não ocorre na mesma medida em que aumenta a Selic. Isto é, o aumento não foi de 8,75 pontos percentuais em todas as linhas de crédito, algumas aumentaram em menor proporção, mas duas aumentaram muito mais. 

O Banco Central disponibiliza tabelas onde podemos ver qual é a taxa de juro média praticada pelos bancos e financeiras em diferentes categorias. De acordo com a informação fornecida, podemos ver que as opções de crédito mais utilizadas são as que sofreram maiores aumentos.

Por um lado, as taxas de juros do cartão de crédito parcelado subiram 33,90 pontos percentuais, em agosto de 2020 a média estava em 124,71% e passou a 158,61% ao ano no mês passado. O cheque especial também teve um aumento superior ao da Selic, foi de 10,22 p.p., pois passou de 129,29% para 139,51% a.a.

Menor à variação da taxa Selic ficaram os juros do financiamento de veículos e dos empréstimos consignados. A taxa de juros média para adquirir um veículo chegou a 25,19% em janeiro, uma elevação de 7,73 p.p. 

Entre os consignados, os menos favorecidos foram os trabalhadores de empresas privadas, pois agora a médica está em 34,96% ao ano, uma alta de 6,33 p.p. em relação a agosto de 2020 onde estava em 28,63% a.a. Segue na lista o consignado para aposentados e beneficiários do INSS, o aumento foi de 5,08 p.p., hoje a taxa está em 25,78% por ano. Por último, os consignados para o setor público, com um aumento de 2,40 p.p. que deixa os juros médios em 20,56% ao ano. 

Na contramão dos aumentos, os empréstimos pessoais tiveram uma queda de 4,31 p.p. na média da taxa de juros, que passou de 72,23% em 2020 para 68,42% neste ano, e o financiamento de bens (à exceção de imóveis e veículos) que mostrou a maior queda, -19,79 pontos percentuais, passou de 52,87% para 33,08% atualmente. 


Para quem está interessado em fazer um empréstimo, estes valores são somente referências, pois é uma média dos juros cobrados em todas as operações de crédito que as instituições liberaram. Mas, para encontrar créditos com juros menores, é conveniente fazer operações que envolvem garantias, como o crédito consignado ou os financiamentos. Ao contrário, os créditos que envolvem maior risco para a instituição, como o cartão de crédito ou o cheque especial, são as que possuem maiores juros. Para ajudar neste ponto, também é importante ter um bom histórico e um cadastro positivo.

 

Essa publicação é de responsabilidade do autor e não representa necessariamente a opinião do Diário de Uberlândia
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