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14/08/2021 às 10h00min - Atualizada em 14/08/2021 às 10h00min

Beach tennis conquista população durante pandemia

Uberlândia tem mais de 100 quadras de areia para modalidade; esporte já conta com competições e conquista cada vez mais os cidadãos

GABRIELE LEÃO
Ludmilla e outras alunas de beach tennis | Foto: Arquivo Pessoal

As atividades físicas ao ar livre têm ganhado diversos adeptos, principalmente em Uberlândia. Mais de 100 quadras de beach tennis foram criadas na cidade e já garantem diversos adeptos. Se antes uma prática esportiva era uma ferramenta para chegar a um padrão estético, hoje a consciência é de que esse tipo de atividade atua como uma forma de autocuidado e fator essencial à saúde mental.

Bruno Cangussu é proprietário do UBT Beach Tennis, em Uberlândia, e foi um dos pioneiros a trazer a modalidade para os negócios da cidade. “Sempre adorei viajar e quando visitava praias percebia a adesão do futevôlei, e foi então, que em 2013 montei uma quadra para aulas de futevôlei, primeiro como laser, mas logo se tornou uma oportunidade de negócios. E há dois anos, antes mesmo de estourar a modalidade em Uberlândia, procurei profissionais da área para um treinamento e também trazer a modalidade para a cidade”, comentou o empresário.

Com mais de 280 alunos cadastrados e com quatro quadras no momento, Bruno Cangussu investiu cerca de meio milhão de reais e em menos de dois anos recuperou o investimento. “Além da adesão pelo esporte, a pandemia acelerou ainda mais o beach tennis, principalmente por ser um esporte que pode ser feito em família, proporciona um gasto energético alto e feito ao ar livre. É bom que a nossa cidade tenha mais quadras, pois assim o esporte fica ainda mais popular e conhecido”, contou. Ele ainda completou que, “pretende expandir a modalidade para outras cidades da região”. 

Cristiano Azevedo Silva é dono de uma academia de musculação em Uberlândia e também viu no beach tennis uma oportunidade de empreender e expandir os serviços. “Como já tinha as quadras e usava para treinamento funcional, comecei a alugar o espaço nos fins de semana para quem queria praticar algum esporte na areia. Nos últimos meses, percebi essa grande repercussão do esporte e optei por empreender. Atualmente temos uma turma e alguns alunos matriculados nessa atividade e temos percebido o crescimento”, comentou. 

A empresária e apaixonada por esportes, Ludmilla Lopes encontrou na modalidade uma maneira de socializar e manter o corpo em movimento. “Há 26 anos jogo peteca em campeonatos e também como laser. Em outubro do ano passado, comecei a praticar o beach tennis e não parei. Além de manter o corpo em movimento, encontrei uma forma para aliviar o estresse da pandemia”, contou a atleta, de 42 anos. 

Mas mesmo com pouco tempo na cidade mineira, a atividade também já ganhou os holofotes das competições. E Ludmilla não ficou de fora. “Desde que comecei a praticar, participei de três competições, sendo duas delas na primeira colocação e outra em segundo lugar. Sempre que entro em um esporte, gosto de competir e como sou apaixonada por atividade física, estou sempre testando coisas novas, como dança de salão, peteca, corrida e outras”, explicou. 

Praticar um esporte para diminuir a ansiedade, se divertir ou se distrair, pode ser um objetivo mais atingível e incentivador. O educador físico, Wagner Santos França, também é proprietário de uma quadra de beach tennis, e ressalta que “a modalidade cresceu muito na pandemia e além de divertido também rende muitos benefícios para a saúde, como aumento da agilidade e coordenação. É uma atividade divertida, democrática, já que possibilita a prática em todas as idades e é mais fácil de jogar do que o tênis tradicional, pois não exige tanto apuro técnico”, comentou. 

Ainda de acordo com o educador físico, ao planejar uma competição, o grupo de professores se reuniu e, ao levantar dados, constataram que em Uberlândia há cerca de 100 quadras de areia, incluindo em condomínios, chácaras, clubes e terrenos particulares. O valor da mensalidade para a prática do esporte varia entre R$250 à R$300 , duas vezes na semana.

Wagner ainda comentou que a modalidade é uma das queridinhas do público feminino. “Esse esporte tem hoje mais mulheres, isso é 80% do público. É realmente uma atividade que teve adesão”, disse.

Com alunos entre 8 e 75 anos de idade, Wagner garante: “Além de realmente fazer bem para o corpo, a modalidade é social. Pois com a pandemia, muitas pessoas passaram a ficar mais em casa e adiar viagens e esse contato com a areia das quadras proporciona o bem-estar e ajuda no equilíbrio emocional. É realmente uma atividade bem completa”, finalizou. 

 

 

 

 

 

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