O Provisório Corpo Grupo de Dança, formado na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), apresenta nesta sexta-feira (22) um novo espetáculo. “O corpo poderia se chamar aqui” é uma remontagem de uma obra do coreógrafo Zé Reis, de Teresina (PI) e em Uberlândia terá seis dançarinos de Brasília (DF). A apresentação tem entrada franca no bloco 3M do Campus Santa Mônica.
Projeto de extensão do curso de Dança da UFU, o Provisório Corpo tem na direção Ricardo Alvarenga, que está animado com a parceria com Zé Reis, responsável pela dramaturgia e direção do espetáculo, original de 2017. Surgiu a partir de uma chamada pública para pessoas com ou sem experiência em dança que chegaram ao processo de criação com desejos, naturalidades, formações e problemas diferentes. A potência do trabalho está em como esses corpos produzem juntos uma dança que fale de si, do outro e do mundo.
“O corpo poderia se chamar aqui” traz a proposta de uma dança interrompida, inspirada no processo de vida dos bonsais - plantas cujas raízes foram bloqueadas para impedir seu crescimento e transformá-las em objetos decorativos. O processo é inspirado no livro “Sociedade do Cansaço”, do filósofo coreano Byung-Chul Han. O autor critica o excesso de positividade, estímulos, informações e impulsos e se coloca contra a atenção fragmentada, a hiperatenção e a multitarefa, possíveis virtudes de um ser contemporâneo.
“Acredito na dança como relação, duração, ampliação de limites e de percepções. O público vai se deparar com uma dança cheia de paradoxos: amor, violência, delicadeza, indignação, ironia, rupturas e recomeços”, disse Zé Reis.
O espetáculo tem cocriação Clara Sales, Consuelo Ferreira, Lucas Gomes, Luh Gomes, Rafael Alves, Yasmin Boreli, Ricardo Alvarenga e paisagem de som de Arnold Gules.
SERVIÇO
O QUE: espetáculo “O corpo poderia se chamar aqui”
QUEM: Provisório Corpo Grupo de Dança
QUANDO: sexta-feira (22), às 21h
LOCAL: sala Ana Carneiro – Bloco 3M – Campus Santa Mônica a UFU
ENTRADA FRANCA
CLASSIFICAÇÃO: 18 anos