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27/07/2019 às 17h47min - Atualizada em 27/07/2019 às 17h47min

Preciso tomar a vacina contra sarampo?

As duas doses da vacina imunizam por toda a vida

FOLHAPRESS
Foto: Folhapress/Divulgação

O Brasil havia erradicado o Sarampo em seu território em 2016, mas a doença voltou a amedrontar os brasileiros. No estado de São Paulo, entre 1º de janeiro e 16 de julho de 2019, foram registrados 384 casos. Com isso, ressurge a dúvida: será que eu preciso tomar a vacina contra sarampo?

Sim, precisa.

Fernando Bellissimo, infectologista e professor de Medicina da USP em Ribeirão Preto, explica que até 2004 -quando entrou em vigor uma portaria que atualiza as doses para imunização contra o sarampo- , acreditava-se que uma única dose da vacina, a tríplice viral, protegeria contra o vírus pelo resto da vida. Porém, jovens nascidos antes daquele ano apresentaram a doença a partir da adolescência, gerando questionamentos.

"Pessoas que nasceram antes de 2004 tomaram apenas uma dose. Agora que são adultos, eles devem tomar o reforço, com exceção aqueles que têm mais de 60 anos, porque essas pessoas nasceram quando a doença não tinha sido erradicada e a maior parte já teve a sarampo", afirma.

Bebês a partir dos 12 meses já podem tomar a tríplice viral. A segunda dose, chamada de tetra viral, deve ser tomada aos 15 meses. Ela também imuniza contra a caxumba, a rubéola e catapora. Além disso, indica-se um reforço da vacina aos 15 anos.

"A duração da proteção varia de pessoa a pessoa, mas, no geral, acredita-se que uma dose proteja por pelo menos 15 anos e que duas doses protejam por toda a vida", diz Bellissimo.

São poucos os casos em que a vacina é contraindicada. Em geral, não precisam tomar a vacina aqueles com mais de 60 anos, bebês com menos de cinco meses, gestantes, pessoas com sistema imunológico enfraquecido (as imunodeprimidas) e quem tem alergia grave a ovos (a vacina é replicada em ovos de galinhas).

"Contamos com imunidade de rebanho para esses casos contra-indicados. Isso significa que se 95% da população estiver imunizada contra a doença, os outros 5% estão indiretamente protegidos pela maioria, porque a transmissão do vírus acontece, exclusivamente, de uma pessoa para outra [pelo ar]."


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