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01/06/2019 às 17h00min - Atualizada em 01/06/2019 às 17h00min

Confira as histórias de quem se deu bem e driblou o desemprego

Saber identificar as atividades em crescimento no mercado de trabalho é fundamental

FOLHAPRESS

A chegada do primeiro filho impulsionou o desejo do síndico profissional Cristyan Walker Marinho Bicas, 38 anos, da Penha (zona leste), de mudar profissionalmente para uma vida melhor.

Há dez anos, ele vivia de bicos na área de eventos. "Estava difícil conciliar os horários da atividade com a vida familiar. Precisava de uma oportunidade que oferecesse mais estabilidade em todos os sentidos, inclusive financeira", conta.

Em 2013, foi eleito subsíndico do prédio onde mora e permaneceu na função por três meses. No período, percebeu que o cargo exigia tomadas de decisões de um gestor e que a profissão de síndico seria tendência de mercado no futuro.

"Com a renúncia do síndico, assumi a função automaticamente. Fui reeleito para mais um mandato e resolvi me especializar. Usei a internet para buscar cursos na área de gestão condominial e, com pesquisas, cheguei à Conasi (Confederação Nacional de Síndicos)."

Em 2014, Bicas fez o curso de síndico profissional na entidade e, em uma época de crise, conseguiu driblar o desemprego que assola o país até hoje. Atualmente, gerencia dez condomínios. "Como trabalho sozinho, fico um período em cada local, ao mesmo tempo em que administro os demais via rede social. Cada morador tem meu celular, caso queira tratar algum assunto em particular", explica.

A cobrança do serviço é mensal e varia entre R$ 1.200 e R$ 4.000, dependendo da demanda. Se o condomínio for de luxo, o valor chega a R$ 20 mil.

Síndico está entre as atividades que mais crescem
O desemprego fez com que a profissão de síndico virasse opção, segundo o presidente da Conasi, Sérgio Craveiro. De janeiro a abril deste ano, 1.104 pessoas fizeram o curso de síndico profissional, contra 818 em 2018, alta de 35,15%.

País tem mais de um milhão de condomínios
O país tem mais de um milhão de condomínios. Em menos de 5%, há síndicos profissionais. No estado de São Paulo são cerca de 50 mil, mas só há síndicos profissionais em 8% deles, segundo a Conasi.

Babá de animal
A viagem de duas amigas em 2008 foi o que levou Daniela Melo, 42, de Santana (zona norte) a apostar no sonho de ter uma profissão ligada à paixão por animais. Na ocasião, ela foi babá de dois cachorros.

"Achei que deveria entrar de cabeça, larguei o emprego de recepcionista e comecei a nova carreira. Hoje, Daniela tem cerca de 125 clientes, que cuida com carinho.

O passeio com cachorros dura, em média, de 30 minutos a uma hora. Quem faz o pacote mensal desembolsa de R$ 400 a R$ 600, dependendo da frequência.

Já o serviço de babá pode ser feito na casa dela ou onde o animal vive. A diária custa de R$ 60 a R$ 100, de acordo com a necessidade. O atendimento é personalizado.

Para a realização das atividades, Daniela investiu R$ 300 em cursos e na compra de equipamentos. "Hoje, ganho sete vezes mais do que quando era recepcionista e o estresse é zero", conta a profissional.

Queda na renda de clientes fez cabeleireira mudar atendimento

Um problema pessoal abalou a carreira de 12 anos da cabeleireira e maquiadora Kassandra Santos, 36 anos, de Taboão da Serra (Grande SP). Nos anos de alta da profissão, ela passou por salões de beleza badalados na capital paulista.

Com a perda do emprego fixo, a alternativa para conseguir sobreviver foi atender em domicílio. Kassandra conta que a conquista de clientes foi lenta e difícil, mas recompensadora.

Atualmente, a cabeleireira e maquiadora atende 60 pessoas. Além dos brasileiros, há 40 mulheres expatriadas (que escolheram viver legalmente em um país diferente daquele em que moravam). Ela chegou ao grupo após uma chilena recomendar seus serviços. "São estrangeiras que atendo no período em que ficam no Brasil", diz.

Após vencer as dificuldades, a profissional comemora. "Hoje, tiro 70% a mais do que ganhava quando estava nos salões", conta ela.

Descontos

Segundo Kassandra, hoje, dentre as vantagens está o fato de que a profissional não precisa pagar comissão a ninguém e, com isso, cobra mais barato. "Se, no salão, cobro R$ 100 uma escova, em casa é a metade", diz ela.

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