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17/04/2019 às 17h10min - Atualizada em 17/04/2019 às 17h10min

Mais duas vítimas são encontradas em Muzema e número de mortos sobe para 18

FOLHAPRESS
Mais duas vítimas, com identidades ainda desconhecidas, foram retiradas dos escombros da tragédia na comunidade Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro, na tarde desta quarta-feira (17). Dois adultos, um homem e uma mulher elevaram para 18 o número de mortos no desabamento de dois prédios no local.

Agora, são 26 pessoas resgatadas das ruínas, sendo 10 feridos e 16 sem vida –outras duas morreram em unidades de saúde após terem sido retiradas dos escombros. O acidente ocorreu na última sexta (12).

Ainda nesta quarta, foi descoberto que uma das pessoas consideradas desaparecidas estava entre os mortos, após trabalho do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. A identidade, contudo, não foi revelada pelo Corpo de Bombeiros.

Agora, a corporação trabalha com a informação de que cinco pessoas continuam desaparecidas. Mais de 100 militares ajudam nas buscas, além de cães farejadores, drone, helicópteros, ambulâncias e viaturas de recolhimento de cadáveres.

A região onde aconteceu a tragédia é área dominada por milícias. Os milicianos atuam com grilagem de terras em Rio das Pedras e na comunidade de Muzema. Após o desabamento de dois prédios, outros três foram interditados pela Defesa Civil. A prefeitura diz que as construções estavam irregulares.

Em janeiro, a operação Intocáveis mirou líderes milicianos que controlavam Muzema e a vizinha Rio das Pedras. Um deles é o ex-PM Adriano da Nóbrega. Foragido há quase três meses, ele foi companheiro no 18o Batalhão da PM de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) sob investigação do MP-RJ, e tinha a mãe e a mulher nomeadas no gabinete do senador quando este exercia mandato na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). 

Adriano também foi homenageado por Flávio na Alerj com a Medalha Tiradentes e defendido pelo presidente Jair Bolsonaro em discurso na Câmara quando foi condenado por homicídio -caso no qual foi absolvido um ano e três meses depois.

O ex-PM é acusado de comandar a milícia das comunidades de Rio das Pedras e Muzema, local onde houve o acidente com duas mortes. As investigações do MP-RJ apontam que ele tinha liderança também na exploração de construções irregulares da região.

A Prefeitura do Rio de Janeiro afirma que o grupo paramilitar dificulta a atuação de fiscais do município na região. Segundo a gestão Marcelo Crivella (PRB), os dois imóveis que desabaram são irregulares.
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