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11/04/2019 às 16h56min - Atualizada em 11/04/2019 às 16h56min

Operação apura desvios de R$ 850 mil da Cemig

FOLHAPRESS
A Polícia Federal deflagrou, ontem, a Operação E O Vento Levou para apurar um suposto desvio de dinheiro da Cemig Geração e Transmissão. O trabalho é resultado da quarta fase da Operação Descarte.

Em parceria com a Receita Federal e o Ministério Público Federal, a PF investiga um suposto repasse de R$ 850 milhões da Cemig para a empresa Renova Energia que, posteriormente, teria utilizado parte do recurso em contrato superfaturado com a empresa Casa dos Ventos, a qual repassou o valor a outras empresas.

A investigação apura o suposto envolvimento de executivos e acionistas da Andrade Gutierrez, da Cemig, da Renova e da Casa dos Ventos na fraude, além dos operadores financeiros e outras empresas usadas para escoar o dinheiro desviado.

Foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo 26 mandados de busca e apreensão para os endereços das pessoas e empresas envolvidas com os fatos investigados, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Taubaté, Nova Lima e Mogi das Cruzes.

A Cemig informou que a PF esteve em sua sede em Belo Horizonte ontem para cumprir o mandado de busca e apreensão devido a indícios de desvios, apurados em investigação de fatos anteriores a 2015, na empresa Renova, com sede na capital paulista.
"A Cemig esclarece que está em total colaboração com as autoridades e que também tem interesse na rápida evolução dessas investigações", segundo comunicado.

A Andrade Gutierrez disse em nota que ainda busca informações sobre a operação, mas que se coloca à disposição para esclarecimentos.

"A empresa já demonstrou reiteradamente sua disposição de colaboração com a Justiça e de esclarecer fatos ocorridos no passado por meio dos diversos acordos firmados com o Ministério Público Federal, CGU (Controladoria Geral da União), AGU (Advocacia Geral da União) e Cade", disse a companhia em nota.

A Casa dos Ventos afirmou que a empresa e seus executivos não foram objeto de busca e apreensão e que já colabora com autoridades na apuração de fatos ocorridos há cinco anos e que estão sob sigilo.

A reportagem tentou obter informações com a Renova Energia, mas não conseguiu localizá-la.
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