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04/04/2019 às 08h03min - Atualizada em 04/04/2019 às 08h03min

Lançadora uberlandense busca apoio para 2020

Rafaela Silva precisa ficar no top 6 do mundo para se classificar

EDER SOARES
Rafaela treina nova técnica de lançamento, orientada pelo técnico Leandro Garcia (Divulgação)
Aos 32 anos, a lançadora de disco Rafaela Silva tem um objetivo único pensando em 2020. Ela quer melhorar sua marca e conseguir uma posição entre as seis melhores do mundo para estar na Paralimpíada de Tóquio. Rafaela, atleta da equipe Aparu/Futel, fechou 2018 como nona colocada do ranking mundial. Mas os desafios desta uberlandense estão muito acima de somente bater as marcas. Ela precisa também ultrapassar as barreiras da falta de patrocínios para disputar todas as competições classificatórias, que valem pontos determinantes para o objetivo de levar o nome de Uberlândia e do Brasil ao Japão.

No último final de semana, na disputa da fase Circuito Regional Centro-Leste, em Uberlândia, ela conseguiu classificação para a fase nacional do Circuito Brasil Caixa. No próximo final de semana, parte para São Paulo para o Desafio CBAt/CPB de Atletismo, nas dependências do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, e no dia 26, também na capital paulista, terá pela frente uma das competições mais importantes na luta pela escalada mundial, que é o Open, etapa do Grand Prix Mundial, uma das competições mais importantes do calendário mundial.

Rafaela Silva espera evoluir nas duas fases nacionais do Circuito Brasileiro, em maio e julho, esperando ser convocada para a Seleção Brasileira e, dessa forma, ir para a disputa do Parapan em Lima (Peru), em agosto, e para um torneio em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em novembro. “Sabemos das dificuldades, pois a seleção tem critérios muito altos para essas competições, mas temos esperanças”, disse. “Terminar o ano com boas marcas, frente ao ranking mundial, é de suma importância para ir ao Japão no ano que vem, quando serão chamados os oito melhores do mundo”, completou a nona do ranking mundial.

Marido de Rafaela e guia nas competições, Henrique Pereira Alves diz acreditar que as marcas serão muito boas a médio e longo prazo, tendo em vista o esforço e a evolução nessa nova fase de treinos, com novas técnicas usadas pelo treinador de Rafaela, Leandro Garcia. “Eu acredito demais. Além de guia e marido, sou torcedor número um, acompanho ela nos treinos e vejo como é grande a sua garra", disse Henrique.

Sobre o calendário anual, Rafaela Silva também aposta que as novas técnicas de lançamento do disco para as competições que vêm pela frente têm tudo para a ajudar na obtenção de melhores resultados e no sonho de chegar a Tóquio. “Este ano é de muita expectativa. Preciso estar entre as seis melhores do mundo e atualmente sou a nona. Quero fechar este ano entre as seis melhores. Temos muitos [torneios] internacionais e que dão mais chances para melhorar as minhas marcas e tentar aumentar ao máximo os meus números”, disse a lançadora, que fez questão de finalizar falando sobre a questão financeira, que pode ser o maior adversário para estar no Japão.

“É o ano de mostrar rendimento. Preciso de algum apoio financeiro para pagar os voos, demais despesas com as viagens e por comparecer nos campeonatos. Tenho condições técnicas de estar em todos, mas não tenho condições financeiras, pois não tenho patrocinadores”, finalizou Rafaela, que tem como apoiadores os fisioterapeutas Priscila Castro e Matheus Costa, a Academia Fitparksabia, Instituto Educacional Santa Mônica (IESM), clínicas Espaço Rama e Hidrofisio, além da Unitri, que não ajudam com dinheiro, mas dão estrutura clínica e de treinamento.
 
 
 
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