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29/03/2019 às 00h00min - Atualizada em 29/03/2019 às 00h00min

Novas regras beneficiam equipes medianas na F-1

Classificação da prova australiana mostra evolução para todos os times

FOLHAPRESS
Primeira prova da temporada foi disputada no dia 17 deste mês, em Melbourne (FIA/Divulgação)
Uma das grandes queixas sobre as últimas temporadas da Fórmula 1 era o abismo entre as equipes mais fortes - Mercedes, Ferrari e Red Bull - e o restante do grid. Mas a primeira corrida da temporada mostrou um cenário diferente (e até inesperado) dentro da categoria: com as novas regras, que estrearam há pouco menos de duas semanas, na Austrália, o chamado meio do pelotão encostou nos times de ponta.

A classificação da prova australiana mostrou que todas as equipes - à exceção da Williams - evoluíram, mesmo com as novas regras que, em teoria, deixariam os carros mais lentos. Porém, o que mais chamou a atenção foi o fato de os times do meio do pelotão terem crescido mais do que os ponteiros.

Por conta disso, viu-se em Melbourne, na primeira parte do treino que decidiu o grid de largada, Lewis Hamilton fazer 1min22s043 e Lance Stroll, da Racing Point, o primeiro entre os eliminados, marcar 1min23s017. Ou seja: entre o primeiro e o 16º colocado não havia nem um segundo.

As equipes que tiraram parte da diferença para Mercedes e Ferrari são Alfa Romeo -a que mais cresceu-, Renault, Haas, McLaren, Racing Point e Toro Rosso. Colocando em números, enquanto os ponteiros melhoraram 0s6 em relação ao começo do ano passado, a evolução do meio do pelotão foi de 0s9 (caso da Renault, a que menos cresceu no meio do pelotão) a 2s2 (caso da Alfa Romeo).

Um motivo importante para isso seria a diminuição da diferença dos motores Honda e Renault para o Mercedes e o Ferrari. Fala-se que, em termos de potência, os motores não tenham mais de 40cv de diferença entre si, bem diferente de quando a F-1 adotou as atuais unidades de potência V6 turbo, em 2014, quando a Mercedes reinava sozinha.

Outro motivo é a simplificação das asas dianteiras e dos dutos de freio, por conta do regulamento, o que limita a possibilidade de os grandes usarem seus maiores recursos para adotarem soluções mais sofisticadas.

Trata-se de uma boa notícia para a F-1, que só viu por uma vez um piloto fora de Mercedes, Ferrari e Red Bull no pódio na última temporada - Sergio Perez, da ex-Force India e agora Racing Point, no Azerbaijão. Além disso, a notícia vem em boa hora, uma vez que a categoria está finalizando suas regras para 2021 e pode entender melhor o efeito positivo de apertar as regras.

A segunda etapa da temporada será disputada já neste final de semana, no Bahrein. A corrida de estreia foi vencida por Valtteri Bottas, da Mercedes.

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