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10/10/2018 às 08h52min - Atualizada em 10/10/2018 às 08h52min

Partidos já definem posição para 2º turno

FOLHAPRESS
Alvaro Dias disse que não vai “se responsabilizar pelo desastre” | Foto: Tony Oliveira
O partido Novo, o Partido Progressista (PP) e o candidato derrotado nas urnas no primeiro turno Alvaro Dias (Podemos) se manifestaram ontem sobre um possível apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad, ou Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno da disputa presidencial. O partido Novo, de João Amoêdo, anunciou que não apoiará Bolsonaro, mas se posicionou "absolutamente contrário ao PT". O cenário presidencial no segundo turno "não é aquele que desejávamos", de acordo com nota divulgada pelo partido. Amoêdo obteve 2,5% dos votos. O comunicado do Novo justifica que o partido é contra o PT porque suas ideias e práticas são opostas, mas não deixa claro os motivos que o levou a desistir de apoiar Bolsonaro.

Moisés Jardim, presidente do Novo, disse na segunda-feira (8) que a direção do partido se reuniria para estudar o programa de governo do capitão reformado antes de tomar a decisão de endossar ou não. "Manteremos nossa coerência, e nossa contribuição à sociedade se dará através da atuação da nossa bancada eleita, alinhada com nossos princípios e valores", diz o comunicado. A avaliação do Novo é a de que o resultado obtido nas urnas, com 8 deputados federais, 11 estaduais e 1 distrital, fortaleceu a sigla, cujo registro foi obtido há apenas três anos.

Já o PP informou que ficará neutro no segundo turno da disputa presidencial. A sigla, uma das mais importantes do centrão, elaborou nota na qual afirma que está disposta a colaborar com o próximo governo nas pautas que forem do interesse do país, mas sem escolher um lado neste momento entre Bolsonaro e Haddad. Na nota, assinada pelo presidente do partido, Ciro Nogueira, o PP exalta o compromisso com a manutenção da democracia e da liberdade de pensamento e de expressão. Num outro trecho, o documento diz que a segurança pública precisa ser elevada ao topo das prioridades do país. O PP foi um dos partidos que deu sustentação à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno. A sigla elegeu 37 deputados e 5 senadores neste ano.

O senador Alvaro Dias, por sua vez, derrotado no primeiro turno das eleições presidenciais, disse que vai se licenciar do Senado pelas próximas semanas e que ficará em silêncio na segunda etapa do pleito. Segundo o senador, o Podemos deve realizar uma consulta interna a seus filiados para definir a posição do partido, mas ele afirmou que não pretende seguir qualquer decisão de sua sigla. A reportagem perguntou a Dias se ele pretende votar em Bolsonaro ou Haddad no segundo turno, mesmo que não declare publicamente seu apoio. Ele respondeu apenas que é favorável ao voto facultativo e que o eleitor deveria ter o direito de não escolher nenhum candidato caso não se sinta representado. Em conversa por telefone, ele disse a um interlocutor que o voto nulo é uma opção aceitável. "Eu não vou me responsabilizar pelo desastre", afirmou.

PTB
O PTB declarou ontem apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições. Roberto Jefferson, presidente da legenda, anunciou a decisão pelas redes sociais. "Após consultar os membros da Executiva Nacional, o Partido Trabalhista Brasileiro decidiu manifestar o seu apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República no segundo turno das eleições de 2018", disse no Twitter. O PTB fez parte da coligação que apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno.

PSOL E PSB
O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, afirmou que o partido vai apoiar a candidatura do PT à Presidência da República. Nas redes sociais, ele disse ter formalizado o apoio durante encontro com Fernando Haddad, e apelou para que as pessoas não se deixem desanimar em defesa dos "direitos e sonhos".

“Quando eu nasci, o Brasil estava sob a ditadura e eu vou lutar com todas as minhas forças para que minhas filhas não cresçam em outra”, afirmou Boulos, lembrando que o período militar foi “sombrio” e “não de lutas”.
A executiva nacional do PSB também definiu que o partido irá apoiar nacionalmente a eleição de Fernando Haddad. Os dirigentes, no entanto, liberaram o governador Márcio França para se manter neutro em São Paulo e se concentrar na sua disputa à reeleição contra João Doria (PSDB).
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