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08/10/2018 às 12h29min - Atualizada em 08/10/2018 às 12h29min

Se provocado, TSE apurará falhas com rigor, diz Rosa Weber

Ministra diz que primeiro turno transcorreu com normalidade

AGÊNCIA BRASIL
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, fala durante coletiva | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
A ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), exaltou, ontem, o que chamou de clima de “absoluta normalidade” no primeiro turno das eleições. Questionada se estaria preocupada com dúvidas que circulam entre eleitores e candidatos sobre a confiabilidade do processo eleitoral eletrônico, ela reafirmou que, se provocada, a Justiça Eleitoral tem como apurar e sanar qualquer eventual falha.

“Quando a Justiça Eleitoral irá atuar? Ela vai atuar a partir de impugnações formais. Nessa hipótese, nós vamos apurar com rigor”, afirmou a ministra em entrevista coletiva após a definição do segundo turno na eleição presidencial.
Sobre insistentes afirmações que colocam em dúvida as eleições como um todo, Rosa Weber disse que isso fica no âmbito da compreensão pessoal de cada um. “Eu não posso obrigar que essas pessoas pensem de forma diferente nem fazer juízo de valor. Para isso temos liberdade de expressão em nosso País”.

BOLSONARO
Questionada sobre declarações do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que, pouco depois da definição do segundo turno, disse que se tivesse “confiança no voto eletrônico” teria vencido neste domingo, Rosa Weber reconheceu que isso pode gerar preocupação, mas que não pode “evitar” declarações do tipo.

“Preocupação sempre nós temos, mas nós temos que enfrentar nossas preocupações com tranquilidade. Num estado democrático de direito o bom é isso, que as pessoas possam se expressar, essa é a grande riqueza nossa, nós vivemos numa democracia”, disse a presidente do TSE.

INFORMAÇÕES FALSAS
Presente à coletiva, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, destacou que informações falsas disseminadas com o objetivo de prejudicar o processo serão devidamente investigadas e punidas. “Aqueles que tentaram descaracterizar, desmoralizar ou tentar induzir a possibilidade de fraude no sistema foram investigados ou estão sendo investigados, serão denunciados e serão punidos”, disse.

Jungamnn disse que, até o momento, não há nenhum indício identificado pela Polícia Federal de que qualquer alegação a respeito de fraude nas urnas tenha alguma procedência. A respeito de um vídeo que circulou em aplicativos de mensagens mostrando um eleitor votando com um revólver nos botões da urna, o ministro disse que o local foi identificado e que todos aqueles que votaram naquela seção eleitoral serão interrogados.
 
 Falhas
2,4 mil urnas tiveram que ser trocadas

Em seu último boletim do dia, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que no pleito deste domingo 2,4 mil urnas eletrônicas apresentaram defeito e precisaram ser substituídas em todo o país. O número representa 0,46% do total de urnas utilizadas no pleito deste ano.

Ao final, três municípios tiveram uma seção eleitoral cada em que foi preciso adotar a votação manual: Três Coroas (RS), Botucatu (SP) e Juquiá (SP). O número de urnas substituídas no primeiro turno deste ano foi 54,5% menor do que em 2014, quando 5.446 equipamentos apresentaram defeito. Os estados que tiveram maior número de urnas com defeito foram Minas Gerais (487), Pernambuco (257), São Paulo (232), Rio de Janeiro (219), Santa Catarina (205), Rio Grande do Sul (139) e Sergipe (115).

A Justiça Eleitoral também registrou a prisão de cinco candidatos: dois no Rio de Janeiro, um em São Paulo; um no Rio Grande do Sul; outro na Paraíba. Ao todo, 149 pessoas foram presas por praticar irregularidades no primeiro turno, segundo o TSE.

A votação se encerrou às 17h, conforme horário local de cada estado. São 147.302.357 brasileiros aptos a escolher o presidente da República, os governadores de 26 estados e do Distrito Federal, 54 senadores, 513 deputados federais, 1.035 deputados estaduais e 24 deputados distritais.

De acordo com o TSE, 29.719.056 pessoas não compareceram às seções eleitorais - uma taxa de 20,32%. Esse é o maior índice desde 2002.  Segundo Jungmann, foram abertos 51 inquéritos para apurar eventuais crimes cometidos durante as eleições. Ele informou que, ao todo, 1.848 ocorrências policiais foram registradas em todo o Brasil, e que 389 pessoas foram conduzidas à delegacia.
 
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