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30/08/2018 às 08h55min - Atualizada em 30/08/2018 às 08h55min

Flamengo e Corinthians vivem noites amargas

Eliminados, time carioca e paulista se enfrentam na semifinal da Copa do Brasil

FOLHAPRESS
Zagueiro Léo Duarte comemora gol na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, no Mineirão | Foto: Reprodução/Facebook

 O Cruzeiro está classificado para as quartas de final da Copa Libertadores da América. O Flamengo venceu o time mineiro por 1 a 0 na noite desta quarta-feira (29), em pleno Mineirão, mas ficou atrás na soma dos placares e viu o adversário garantir vaga na próxima fase do torneio. Léo Duarte marcou o único gol do confronto. Na soma dos placares, os mineiros venceram por 2 a 1, pois fizeram o placar de 2 a 0 na partida de ida, no Maracanã. Agora, eles aguardam o vencedor do confronto entre Boca Juniors, da Argentina, e Libertad, do Paraguai, para saber quem será o rival no próximo estágio.

O destaque da vitória rubro-negra foi Léo Duarte. O zagueiro fez o gol da vitória, mas não foi só por isso que ele se destacou no Mineirão. O atleta foi bastante no seguro no campo de defesa e evitou que o fortíssimo ataque do Cruzeiro balançasse as redes no Mineirão. O pior foi Barcos. O centroavante do Cruzeiro não balança as redes há nove jogos perdeu uma oportunidade incrível de marcar. Ele recebeu passe de Robinho na pequena área e mandou para fora. Nem Diego Alves tinha chances de fazer a defesa. O goleiro estava completamente batido no lance.

O gol da vitória do Flamengo saiu aos 24min do segundo tempo. Após cobrança de escanteio da esquerda por Diego, a bola sobrou do outro lado para Everton Ribeiro. O ex-cruzeirense devolveu para o meio da área e encontrou Léo Duarte, que só teve o trabalho de mandar de cabeça para o gol. Depois disso, o Flamengo pressionou, mas, com pouca criatividade, não exigiu muito do goleiro Fábio. No fim, o lateral Renê e o volante Cuéllar deram lugar aos atacantes Geuvânio e Lincoln, mas nem isso adiantou. O Cruzeiro segurou bem o placar que lhe valeu a vaga entre os oito melhores da Libertadores.

Agora, o Flamengo tem apenas dois torneios para se preocupar. Na Copa do Brasil, a equipe está na semifinal contra o Corinthians. No Campeonato Brasileiro, ocupa a terceira colocação, quatro pontos atrás do líder São Paulo. O próximo jogo do Flamengo será no domingo (2), às 11h, contra o Ceará, no Maracanã. Já o Cruzeiro busca a segunda vitória consecutiva no mesmo dia, às 19h, contra o Inter, no Mineirão.

CRUZEIRO
Fábio; Lucas Romero (Edilson), Dedé, Léo, Egídio; Henrique, Lucas Silva, Thiago Neves, Robinho (Rafinha), Arrascaeta; Barcos (Raniel). T.: Mano Menezes

FLAMENGO
Diego Alves; Rodinei, Réver, Léo Duarte, Renê (Geuvânio); Cuéllar (Lincoln), Lucas Paquetá, Diego, Everton Ribeiro, Marlos Moreno; Vitinho (Henrique Dourado). T.: Maurício Barbieri

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Juiz: Andrés Cunha (URU)
Cartões amarelos: Thiago Neves, Rafinha, Raniel (Cruzeiro); Renê, Léo Duarte, Rodinei (Flamengo)
Gol: Léo Duarte, aos 24min do segundo tempo

EM ITAQUERA

O Corinthians foi eliminado em casa pela quarta vez consecutiva nas oitavas de final da Libertadores. A equipe venceu o Colo-Colo por 2 a 1 nesta quarta (29), no Itaquerão, e caiu no torneio sul-americano. Os chilenos haviam ganhado por 1 a 0 em Santiago na partida de ida e avançaram às quartas de final por causa do gol marcado como visitante.

A última vez que o Corinthians levou a melhor em uma fase eliminatória da Libertadores foi na campanha do título de 2012. Na final, derrotou o Boca Juniors (ARG), por 2 a 0, no Pacaembu. Depois disso, foi superado pelo mesmo Boca Juniors em 2013, o Guarani (PAR) em 2015 e o Nacional (URU) em 2016. O time paulista também perdeu a chance de fazer o clássico regional contra seu maior rival, o Palmeiras.

Nas quartas de final. O Colo-Colo enfrentará o clube de Palestra Itália, caso este supere o Cerro Porteño (PAR) nesta quinta (30), no Allianz Parque. Em Assunção, o Palmeiras venceu por 2 a 0.
Por 15 minutos, o Corinthians em nada lembrou o elenco vacilante do Campeonato Brasileiro. Controlou o jogo com maturidade e o Colo-Colo não conseguia passar do meio-campo. Roger prendia os zagueiros, enquanto Romero e Pedrinho achavam espaço pelas pontas.

Valdivia parecia uma peça decorativa com a camisa 10 da equipe chilena em campo. Só aparecia para reclamar com o árbitro argentino Nestor Pitana, o mesmo que apitou a final da Copa do Mundo entre França e Croácia.
O meia ex-Palmeiras não era o único velho conhecido da torcida corintiana. No ataque havia Lucas Barrios, com passagens por Grêmio e também pelo Palmeiras. No gol estava Agustín Orión, goleiro do Boca Juniors (ARG) quando o clube paulista foi campeão da Libertadores em 2012 e eliminado nas oitavas de final do ano seguinte.

O gol de pênalti de Jadson aos 16 minutos parecia ser apenas a confirmação da superioridade em campo. O meia poderia ter ampliado pouco depois quando cobrou falta, bem defendida por Orión.
Parecia ser questão de tempo para o Corinthians fazer o segundo gol que poderia dar a classificação para as quartas de final sem a necessidade da disputa de pênaltis. Em Santiago, na primeira partida das oitavas, o Colo-Colo havia vencido por 1 a 0.

A torcida no Itaquerão se inflamou com o bom futebol e empurrava a equipe, assim como vaiava e xingava Valdivia cada vez que ele pegava na bola. Mas os cerca de dois mil chilenos no estádio também cantavam sem parar e esperavam que seu time saísse da defesa. Quando isso aconteceu, o Corinthians caiu de rendimento. Com um time experiente, o Colo-Colo concentrou o jogo pelo meio para tentar usar a criatividade de Valdivia -que crecseu em campo- e os passes da Carmona. Só precisou de um lance para empatar, quando Barrios superou Léo Santos na área e cabeceou. O zagueiro corintiano havia entrado durante o primeiro tempo, no lugar do lesionado Pedro Henrique.

O Corinthians dominou o segundo tempo e o principal motivo foi o crescimento de Pedrinho. Ao encontrar seu espaço em campo e tabelar com os laterais, ele fez o time brasileiro pressionar, mas os lances de maior perigo saíam das cobranças de escanteio de Jadson. Roger perdeu uma grande oportunidade antes de fazer o segundo aos 18. Foi momento de redenção para o atacante, que vinha irritando a torcida com a dificuldade para dominar as bolas. A cada erro, era possível ouvir o ruído coletivo de descontentamento do público.

O Colo-Colo adotou a estratégia, pelos 39 minutos finais (foram sete de acréscimos), de não jogar futebol e tentar fazer com que a partida não acontecesse. Ganhou todo o tempo possível com jogadores caídos em campo e reclamações contra Pitana. Cada cobrança de falta, escanteio e lateral demorava longo tempo. Apesar de controlarem as ações e acharem espaços, os brasileiros também se enervavam e entravam no jogo de provocações e faltas dos adversários. Faltava um gol. O técnico Osmar Loss tirou um lateral (Fagner) para colocar um meia-atacante (Mateus Vital) e apostou na estrela de Emerson Sheik, autor dos gols decisivos na Libertadores de 2012. A pressão aconteceu, mas o Colo-Colo cozinhou e desacelerou a partida. Irritou torcida e jogadores adversários. Isso resultou em mais uma queda corintiana em casa na Libertadores.

CORINTHIANS
Cássio; Fagner (Mateus Vital), Pedro Henrique (Léo Santos), Henrique, Danilo Avelar; Ralf, Douglas, Jadson; Pedrinho (Emerson Sheik), Roger, Romero. T.: Osmar Loss

COLO-COLO
Orión; Zaldivia, Barroso, Insaurralde; Opazo, Baeza, Carmona, Damián Pérez (Fierro), Valdivia (Felipe Campos); Paredes (Pavez), Barrios. T.: Héctor Tapia

Estádio: Arena Corinthians, em São Paulo
Público: 38.112 pagantes (total: 38.429)
Renda: R$ 2.736.246,58
Juiz: Nestor Pitana (ARG)
Cartões amarelos: Ralf e Pedrinho (Corinthians); Damián Pérez, Barrios e Zaldivia (Colo-Colo)
Cartão vermelho: Danilo Avelar (Corinthians)
Gols: Jadson, aos 16min do primeiro tempo, e Roger, aos 18min do segundo tempo (Corinthians); Barrios, aos 32min do primeiro tempo (Colo-Colo)

 


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