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26/07/2018 às 12h02min - Atualizada em 26/07/2018 às 12h02min

Campeonato Amador segue indefinido

Dirigentes dos clubes não querem assumir dívida da arbitragem referente a 2016

Éder Soares – Repórter
Torcedores esperavam com ansiedade o início do da Divisão Especial e Acesso do Campeonato Amador para o próximo domingo (29), mas isso não irá acontecer. Representantes dos 50 clubes se reuniram em assembleia geral extraordinária, na noite de ontem (25), na sede da Liga Uberlandense de Futebol (LUF). E não há uma definição sobre o começo do torneio nem qual a solução para o impasse que impede que a bola role.  Uma nova reunião está agendada para a próxima quarta-feira (1º de agosto) e os mandatários esperam ter até lá uma solução para que os árbitros possam ser pagos e a competição seja iniciada no dia 5 de agosto. 

Os clubes não aceitam arcar com os R$ 70 mil para o pagamento de arbitragem referentes ao ano de 2016, quando a Prefeitura deixou de repassar a metade dos R$ 140 mil, convênio para o pagamento de arbitragem. A administração municipal alega não haver formas jurídicas para que o valor seja pago.  

A Associação dos Árbitros e Representantes do Futebol Amador de Uberlândia (Aareaur) decidiu por unanimidade, no dia 16 deste mês, que os árbitros não voltam a trabalhar enquanto não for pago o valor de vido.  Sendo assim, o Campeonato Amador que deveria ter começado no último domingo (22) está adiado por mais um final de semana e ainda corre o risco de não acontecer neste ano. 

Na sessão de ontem, na sede da LUF, foram colocados em votação por representantes dos clubes algumas ideias, como a divisão dos R$ 70 mil para todos os times, o que daria aproximadamente R$ 140 por mês, divididos em 12 vezes, e até mesmo a contratação de árbitros de outras cidades, mas ambas a proposta não foi aprovada.

“Estamos levando em consideração o estatuto da LUF, com reuniões na prefeitura e com os clubes. Estamos tentando mecanismos para resolver a situação. Os clubes têm o direito de definir, e neste momento, eles optaram em buscar novas formas para resolver o problema”, disse o presidente da LUF, Renato Batista. “Desde 1992, a LUF tem este convênio e que sempre foi cumprido pela Prefeitura, como foi cumprido em 2017 e está sendo em 2018, apenas ficando esta pendência de 2016”, lamentou.

Presidente do Guará, equipe da Divisão de Acesso, e treinador do Luizote, um dos favoritos da Divisão Especial, Celisvaldo Silva é uma das vozes ativas dos clubes. Ele acredita que a situação será resolvida. “Temos uma luz no fim do túnel e não podemos deixar essa conta para os clubes. Muitos dizem que os clubes conseguem pagar arbitragem, mas, de 50, apenas 10, no máximo, tem essa condição e precisamos pensar em todos. Tem muitos times que se for preciso que pagar vão deixar as competições e são nestas pessoas que precisamos pensar. Apresentamos três propostas para a prefeitura, pois sabemos que só dela pode vir a solução, que é a mãe maior e estamos confiantes nisso”, disse.
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