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07/02/2018 às 15h16min - Atualizada em 07/02/2018 às 15h16min

Manutenção de viaduto que caiu em Brasília é falha, diz engenheiro

Bruno Contarini foi o projetista da obra – executada no fim dos anos 50 – e integrante da equipe do arquiteto Oscar Niemeyer

AGÊNCIA BRASIL | BRASÍLIA

O engenheiro Bruno Contarini disse hoje (7) que a manutenção está muito falha no viaduto que caiu ontem (6), no Eixo Rodoviário de Brasília, na área central da cidade. Ele foi o projetista da obra – executada no fim dos anos 50 - e integrante da equipe do arquiteto Oscar Niemeyer.

Horas depois do acidente desta terça-feira, Contarini avaliou, no Rio de Janeiro, as imagens do local enviadas pela internet. Ele virá à capital federal hoje para vistoriar essa e outras obras com as autoridades do Governo do Distrito Federal.

“Acabo de fazer a recuperação do Elevado do Joá, são obras antigas, sempre há problemas de manutenção e tem que estar em cima”, disse ele, que também foi o projetista desse elevado no Rio de Janeiro, do Teatro Nacional de Brasília, da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, e executor da Ponte Rio-Niterói.

Baixa umidade de Brasília ajuda a preservar obras

O engenheiro, membro do Comitê Internacional de Estruturas de Concreto Armado, explicou que, diferente do Rio de Janeiro, Brasília é um lugar com baixa umidade e isso facilita a preservação das obras. “Mas, [elas] não podem ficar sem manutenção o tempo todo”, ressaltou durante entrevista ao Programa Revista Brasil, da Rádio Nacional de Brasília, da EBC.

O Elevado do Joá, segundo Contarini, apresentou um problema de corrosão em uma das estruturas, e todas elas passaram por manutenção. Ele contou também que a Ponte Rio-Niterói tem uma equipe para fazer sua vistoria e manutenção regular.

Segundo o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal, Henrique Ludovice, já foram investidos R$ 67,7 milhões em restaurações de viadutos, como na Rodoviária do Plano Piloto e perto das vias S2 e N2, no centro de Brasília.

“Esse viaduto [que desabou] tinha previsão [orçamentária], havia projeto da Novacap em 2014 e isso não foi viabilizado”, observou, explicando que também havia outras obras prioritárias.
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