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22/12/2017 às 15h51min - Atualizada em 22/12/2017 às 15h51min

O primeiro disco de um doce furacão paraense

Sammliz se permite mais na estreia solo disponível nas plataformas digitais

ADREANA OLIVEIRA | EDITORA
A cantora paraense Sammliz lançou neste ano seu primeiro álbum solo, “Mamba”, no qual também assina a produção / Foto: Tereza e Aryanne Fotografia/Divulgação

 

Quando conheci a cantora paraense Sammliz ela se destacava como frontwoman da banda Madame Saatan. Intensidade é uma palavra que a definiria bem naquele momento. Durante os shows era como se um furacão estivesse no palco e de lá saia arrematando todo o público onde quer que fosse.

 Já se foram mais de dez anos e a vocalista, agora em carreira solo, estreia com “Mamba”, disponível para audição nas plataformas digitais e com download direto e gratuito no site da artista (www.sammliz.com.br).

 Composto por dez canções e viabilizasdo pelo Natura Musical o álbum mostra um furacão mais manso, mas com o mesmo poder de “destruição”. Sammliz se permite mais nesse projeto com composições mais intimistas e valorizando mais a própria voz.

 Depois de uma longa temporada em São Paulo ela retornou a Belém, sua terra natal. “Mamba” teve sessões de gravação por lá, em Salinas (PA) e também em Sâo Paulo. Sammliz também assina a produção do trabalho com Leo Charmont e João Lemos, também arranjadores e instrumentistas que tocam no disco.

 Ela conta que o disco foi “forjado no mar e dentro de um coração ardendo” e a direção artística é de Carlos Eduardo Miranda, um dos responsáveis pelo amadurecimento da música alternativa brasileira.

 Enquanto compõe e canta Sammliz ainda encontra tempo para produções na capital paranaense e é uma grande ativista não só no que diz respeito ao direito das mulheres como também na defesa das riquezas culturais de seu Estado. Tudo isso reflete em sua música.

 “Mamba” abre o disco com uma pegada que valoriza o baixo e a guitarra que harmonizam com a voz firme de Sammliz que canta “Danço para não morrer”. Em tempo, mamba é uma serpente que pode ter uma picada letal.

 “Fucking lovers” é quase um um indie pop marcado por synth e teclado de João Paulo Deogracias.

 “Aurora” é outro destaque principalmente pelas guitarras de hermont e Lemos.

 Sammliz parece estar mais calma sim, o que não significa nem um pouco que está passiva. Pelo contrário, cada vez mais ela tem se tornado uma referência em Belém e também no Brasil quando se trata de músicos e artistas comprometidos com causas sociais e ambientais de interesse comum. É uma artista que apesar de toda a batalha que vem travando há anos no underground não desiste.

 E ao vivo ela fica cada vez melhor, continua intensa e quando sobe no palco se entrega de corpo e alma fazendo valer a experiência de compartilhar um pouco do seu mundo com seus espectadores.


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