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02/07/2017 às 05h26min - Atualizada em 02/07/2017 às 05h26min

Trilha de bike desbrava o algodão no Cerrado

DA REDAÇÃO
Mountain bikers durante o reconhecimento do trajeto de 45 quilômetros / Foto: Sandro Lôbo/Divulgação

 

O que a bicicleta e o algodão têm em comum? Para a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) pode ter muito a ver, tanto que está organizando para o próximo domingo (9), em Coromandel, uma competição de mountain bike cujo desafio é pedalar por uma pista de 45 quilômetros, dos quais boa parte do percurso será feita em meio a plantações de algodão. Não se trata de uma pedalada contra o relógio, vence quem completar o percurso. Denominada de Caminhos do Algodão, a prova tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a cotonicultura e despertar o interesse de novos produtores para a atividade, além, de propiciar aos amantes do pedal uma experiência única que é a de praticar o esporte num ambiente diferente em pleno Cerrado mineiro. 

Classificada de nível médio e ritmo passeio, a Trilha de Mountain Bike Caminhos do Algodão tem largada programada para às 8h, com saída e chegada no Parque de Exposição de Coromandel. Dos 45 quilômetros de prova, cerca de 15 quilômetros será percorrido dentro de lavouras de algodão e os demais em meio a outras culturas como milho, trigo, milheto, soja e também pecuária, num ambiente integrado com matas naturais e cursos d’água. A estimativa dos organizadores é pela participação de 300 atletas de mountain bike, entre homens e mulheres. 

Essa é a primeira vez que uma prova de MTB é realizada com o propósito para chamar a atenção para atividades do agronegócio brasileiro, em especial, o algodoeiro, cultura que compõe o cenário da maior parte do percurso da trilha. No dia da prova, quando os participantes estiverem passando pelas lavouras do algodão, eles irão se deparar com plantações já em fase de colheita (plantas ainda em plumas e rolos colhidos). 

Durante o reconhecimento do trajeto, que teve a participação de oito mountain bikers, o facilitador de trilhas Sandro Lôbo definiu a experiência como “uma sensação diferente”. “É como se estivéssemos pedalando sobre nuvens”, disse ao comentar o percurso percorrido no meio da lavoura de algodão. 

 

INSCRIÇÕES

As inscrições são limitadas e estão abertas até 6 de julho no endereço eletrônico. Os participantes têm direito a estacionamento fechado, café da manhã, guias especializados, lanche e hidratação no trajeto, carro de apoio e carro prego, mecânico de emergência, ambulância, seguro de acidentes pessoais, almoço e medalha de participação. Haverá ainda o sorteio de cinco viagens gratuitas para pedal na Serra da Canastra. 

 

ALGODÃO

Segundo a Embrapa, a cultura do algodoeiro tornou-se nos últimos anos uma das principais commodities brasileiras. O avanço da algodão no Cerrado brasileiro resgatou o País da condição de importador para a de exportador de pluma. Esse fenômeno é o resultado do esforço dos produtores, técnicos, pesquisadores e governos por meio de associações de produtores (como a Amipa), das instituições públicas e empresas privadas na geração e transferência de novas tecnologias visando aperfeiçoar o sistema produtivo. Esse aspecto tem feito com que o Cerrado brasileiro detenha as mais altas produtividades na cultura do algodoeiro no Brasil e no mundo, em áreas não irrigadas.


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