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13/06/2017 às 04h58min - Atualizada em 13/06/2017 às 04h58min

Itaú Cultural premia agentes marcantes dos últimos 30 anos

ADREANA OLIVEIRA | EDITORA
Davi Kopenawa, líder político dos ianomâmis, foi contemplado na categoria Mobilização / Foto: Alicia Peres/Divulgação

 

Em uma das ações criadas para comemorar os 30 anos, o Itaú Cultural criou um prêmio inédito e de edição única para personalidades cujos trabalhos de 1987-2017 tenham tido uma trajetória transformadora na arte e na cultura brasileiras em diferentes regiões do país. As cinco categorias com dois contemplados em cada sintetizam os objetivos do Instituto: Criar, Inspirar, Experimentar, Mobilizar e Aprender. 

Uma comissão com profissionais ligados a diferentes áreas de expressão e gestores do instituto, elegeram os vencedores para cada categoria. Cada um, receberá R$ 100 mil pela relevância de seu trabalho. Os prêmios foram entregues ontem em evento realizado no Auditório Ibirapuera que teve come mestre de cerimônias a cineasta Marina Person e a jornalista de cultura Adriana Couto. 

Além da premiação em dinheiro, os contemplados também ganharam um troféu. São eles: Ana Mae Barbosa, Mestre Meia Noite, Lia Rodrigues, Véio, Hermeto Pascoal, Teatro da Vertigem, Eliana Sousa e Silva, Niède Guidon, Davi Kopenawa e Sueli Carneiro.

Em 30 anos o Itaú Cultural cresceu, se desenvolveu e transformou acompanhando os debates da sociedade brasileira. Durante essa trajetória o instituto passou por mudanças significativas: foi criado um comitê para debater estruturalmente a questão racial e outro para olhar com cuidado e responsabilidade a acessibilidade física e, principalmente, atitudinal por meio da programação, com espetáculos e criações concebidos e realizados por pessoas com deficiência. Mais recentemente, outros temas se somaram às ações do instituto como o debate sobre questões de gênero e das expressões indígenas.

Entre os contemplados, na categoria Experimentar, está o músico Hermeto Pascoal e o grupo Teatro da Vertigem. Eles foram eleitos por suas pesquisas e reflexões que foram referenciais e/ou impulsionaram transformações de linguagens artísticas e culturais pelo país.

A categoria Mobilização contempla líderes ou coletivos que realizaram ações mobilizadoras e transformadoras de cenário, provocando alterações, revisões e reflexões. São eles, Davi Kopenawa, xamã e líder político dos ianomâmis, e a filósofa, escritora e ativista Sueli Carneiro, criadora, em 1988, do Geledés - Instituto da Mulher Negra.

 


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