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06/06/2017 às 05h12min - Atualizada em 06/06/2017 às 05h12min

Talentos de Minas descobrem novos caminhos com a música

Residências musicais resgatam conservatórios e expandem a cultura da música na capital e interior

AGÊNCIA MINAS | BELO HORIZONTE
Alunos e professores em construção coletiva de processos criativos durante o projeto "Territórios de Invenção - Residências Musicais" / Foto: FEA/Divulgação

 

Como a música inventa territórios? Lançando sons e palavras no espaço público para uma educação musical e criação artística em territórios de Minas Gerais. Esses são os pilares do projeto “Territórios de Invenção – Residências Musicais”, viabilizado pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), por meio do Programa Música Minas, e desenvolvido pela Fundação de Educação Artística (FEA).

Dinamizar e fortalecer o fomento à cultura musical mineira, com foco em processos artísticos colaborativos, realizados em seis residências musicais, com mais 180 pessoas envolvidas entre alunos, profissionais da música e professores consagrados na cena musical mineira, foi o objetivo das vivências realizadas a partir da ação.

Em Diamantina, dez dias de música e pesquisa do rico patrimônio de composições e partituras, desde os anos 1980, encontrados nos acervos da cidade, orientaram o território da residência. Essa experiência levou a mineira Anna Paula Cruz Duarte, musicista desde os cinco anos de idade, a dar novos rumos para sua carreira profissional e voltar seu interesse para fazer carreira na área da música.

"Na época dos 'Territórios de Invenção', eu estudava Engenharia e já estava em períodos avançados, faltando pouco para me formar, e ainda não havia me encontrado. Logo após a residência terminar, tomei a decisão de seguir carreira na música e vim para a capital estudar flauta doce na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). A música sempre esteve na minha vida. Agora, vai virar profissão e coisa séria e, além de seguir tocando como instrumentista, quero, em um futuro breve, levar os conhecimentos sobre música para a sala de aula”, aponta.

A nova estudante conta que, durante as duas semanas de residência, os alunos, em sua maioria músicos aprendizes, vivenciaram um momento especial. Juntos, percorreram os acervos da cidade e descobriram ou redescobriram partituras do século 19 para tocar, ouvir e ensaiar. Uma construção coletiva e cheia de estímulo à criatividade.

 

MUNICÍPIOS

O projeto “Territórios de Invenção – Residências Musicais” levou residências musicais gratuitas e democráticas para os municípios de Diamantina (Território Alto Jequitinhonha), Pouso Alegre (Sul), Montes Claros (Norte), Uberlândia (Triângulo Norte), Ouro Preto (Metropolitano) e Belo Horizonte (Metropolitano). Além disso, no dia 24 de maio deste ano, resultou no lançamento do livro “Territórios de Invenção: por uma formação musical expandida”, publicação organizada pela pesquisadora Lúcia Campos, e na realização do documentário “Territórios de Invenção”, produzido pelo cineasta Pedro Aspahan.

Com orçamento de R$ 405 mil, as seis cidades formam percorridas ao longo de junho a novembro do ano passado, abarcando diferentes gêneros e formas de fazer música, o projeto Territórios de Invenção buscou expandir a dimensão criativa e simbólica das localidades de Minas Gerais.

Cada residência foi concebida como um processo experimental, sem receitas, sem formato preestabelecido, mas com roteiro costurado entre o artista e as demandas locais, ressaltando as características e singularidades e específicas das cidades e dos públicos locais. Em Uberlândia, os compositores Sérgio Rodrigo e Rafael Macedo experimentaram novas formas de criação e de composição musical em parceria.


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