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22/05/2017 às 15h11min - Atualizada em 22/05/2017 às 15h11min

Vila Olímpica pode abrigar condomínio

Proposta apresentada por vice-presidente prevê construção de 20 torres com 325 apartamentos

ÉDER SOARES | REPÓRTER
Condomínio deve ser construído em área ociosa da Vila Olímpica de 200 mil metros quadrados / Foto: Ascom/UEC

A diretoria do Uberlândia Esporte Clube trabalha para viabilizar um ousado projeto para o clube. A proposta da construção de 20 torres com 325 apartamentos na área onde se encontra a Vila Olímpica deverá sair do papel ainda este ano. Pelo menos é este o objetivo traçado por um dos vice-presidentes do Verdão, Flávio Gomide, maior empenhado na execução do projeto.

O condomínio de prédios será construído em uma área ociosa da Vila, que tem cerca de 200 mil metros quadrados, dos quais 24,8 mil serão destinados à execução da obra. Dos 325 apartamentos, 44 serão para o Uberlândia Esporte, que agregará um patrimônio em torno de R$ 6 milhões. O projeto de construção do empreendimento será feito pela HLTS Construtora & Engenharia, empresa com sede em Uberlândia.

O projeto das torres começou na gestão do atual presidente do Verdão, Guto Braga, em 2015. Os apartamentos poderão ser alugados para gerar renda mensal ao clube, que também tem a opção de erguer duas torres com 16 apartamentos dentro do CT Ninho do Periquito, estes com o intuito de abrigar jogadores do time profissional, comissão técnica e atletas das categorias de base.

“É uma área ociosa na Vila, que é só mato e não serve para o Uberlândia. Várias etapas do projeto já foram vencidas, entre elas, a assinatura de contrato ente Uberlândia Esporte, Franco Teixeira Advogados e a HLTS. Inclusive, o prefeito Odelmo Leão já se manifestou no sentido de que se acelere logo o projeto da construção das torres na área da Vila Olímpica”, disse Flávio Gomide.

A expectativa do vice-presidente do Verdão é que o empreendimento comece a ser construído no segundo semestre, caso o processo burocrático seja resolvido de forma rápida. O compromisso da HLTS, segundo Gomide, é que toda a obra fique pronta entre 6 e 9 meses. “Será um empreendimento que elevará ainda mais o valor do patrimônio do Uberlândia Esporte Clube, que já é muito grande, fora a questão da geração de uma renda extra para o clube, o que nos dias de hoje é de fundamental importância”, afirmou.

BASE

Clube busca selo da CBF de formador de jogador

Com a construção de um hotel dentro do CT, o clube preencherá um dos pré-requisitos para futuramente se tornar um clube com o selo da CBF de formador de jogadores, sonho antigo do Verdão. Os valores de quatro apartamentos, entre R$ 500 mil e R$ 800 mil, serão destinados para a construção de um projeto do hotel com 16 apartamentos e demais estruturas, como academia. “O Gilmar Pereira e o Roque Bridi (diretores das categorias de base) estiveram no Goiás, que é um clube formador e viram a estrutura daquele clube, que é um modelo. Não tem nada de luxo, mas é o necessário para que o projeto de categorias de base de formação seja tocado com tranquilidade”, disse Flávio Gomide.

Os clubes do futebol brasileiro com o selo de formador da CBF têm a garantia de que um atleta entre 14 e 16 anos só pode sair se o clube for indenizado, além de receber porcentagens em futuras negociações. A indenização é calculada de acordo com o valor gasto pelo clube para formar o atleta e pode chegar a R$ 200 mil.

Para obter esse reconhecimento, o clube tem de atender a uma série de exigências, como apresentar a relação dos técnicos e preparadores físicos, comprovar a participação em competições oficiais, detalhar os programas de treinamento e proporcionar assistência médica e educacional aos atletas. Quem cumpre todos os requisitos recebe o certificado categoria A, com validade de dois anos. Os clubes que atendem apenas uma parte das exigências são classificados como categoria B, válido por um ano.

Para este ano, a diretoria de categorias de base do Uberlândia corre atrás para viabilizar a participação do time sub-17 na Taça BH de Futebol Júnior e no Campeonato Sub-20 da Liga Uberlandense de Futebol. Até a última semana, o clube não havia conseguido captar o valor mínimo de R$ 320 mil. Faltavam em torno de R$ 30 mil para que o dinheiro fosse liberado pelo Ministério do Esporte, o que segundo Flávio Gomide, está praticamente resolvido pela diretoria de bases e o clube deverá disputar as competições previstas para o segundo semestre.

ELEIÇÃO

Flávio Gomide é cotado na disputa pela presidência do clube

Flávio Gomide afirma que candidatura precisa superar vaidades do clube / Foto: Eder Soares

Flávio Gomide é um dos nomes fortes comentados nos bastidores do Verdão para encabeçar uma das chapas para a eleição da diretoria executiva, programada para a segunda quinzena de setembro. Ele garante que não tem vaidades para ser o presidente, mas que se for nome de consenso, ele se sente pronto para o desafio.

“Há chances de eu ir sim, se resolver os problemas de vaidade do clube. Eu não vou compor no mesmo sistema em que o clube se encontra. O sistema evoluiu, mas não tem como continuar como está. Tem que se melhorar. Eu penso que o UEC tem que seguir uma filosofia de trabalho evolutiva para a próxima gestão. Se eu estiver na chapa do grupo atual e aceitarem que o clube precisa mudar a filosofia, sem vaidades, sem conchavos, sem traições, eu estou. Caso contrário, eu também estou disposto, com uns dois ou três membros, que comigo estão, a montar uma trabalho que siga uma filosofia evolutiva”, disse Flávio Gomide.


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