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24/04/2017 às 09h12min - Atualizada em 24/04/2017 às 09h12min

Futel conta com parcerias para vence desafios no 1º ano de gestão

Sílvio Soares dos Santos fala sobre o primeiro trimestre à frente da Fundação

ÉDER SOARES | EDITOR
Da Redação
Sílvio Soares dos Santos é o diretor da futel

Há pouco mais de 110 dias à frente da Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel), o diretor-geral da entidade, Sílvio Soares dos Santos, garante que ainda terá ainda muitos desafios em sua primeira passagem como administrador da pasta.

A palavra parceria é chave para amenizar um pouco o baixo orçamento anual para administrar uma gigantesca estrutura, que conta 14 poliesportivos espalhados pela cidade e o complexo Parque do Sabiá (Arena Sabiazinho e Estádio Parque do Sabiá). Apesar das dificuldades, Santos, que é professor de educação física e trabalhou por muitos anos na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), entende que o balanço inicial é positivo. Nesta semana ele recebeu a reportagem do Diário do Comércio para falar sobre os desafios da gestão.

 

DIÁRIO DO COMÉRCIO: O que tem sido feito  nestes primeiros meses de sua direção na Futel?

SÍLVIO SOARES DOS SANTOS: Estamos tentando implementar na Futel uma nova visão de administração e de visão do esporte para a cidade. Não me cabe dizer o que existia, mas o que existirá a partir de agora. Fizemos uma reestrutura completa no quadro de funcionários, pois só contratamos pessoas ligadas ao esporte, só profissionais de educação física. Isso já foi uma mudança importante, diferente do que vinha acontecendo.

Quais prioridades da fundação em termos de projetos?

Temos sete grandes programas que se desdobrados somam 35. Tem projeto de desenvolvimento do Esporte, do Lazer e Atividades Física e recreação, sendo eles divididos em três grandes grupos.

Como será o trabalho nas escolinhas de esportes?

Está sendo diferente em relação ao que se entende por escolinha de esporte. Sempre existiu isso, mas agora a meta é fazer com que a escolinha se torne realmente uma escola onde as crianças vão aprender os fundamentos do esporte e mais que isso. O aluno não irá chegar simplesmente no poliesportivo e participar de um "racha" de basquete, futebol, atletismo, ou outro esporte que seja. Ele vai aprender os fundamentos daquele esporte. O que vai dar chances dele se tornar realmente um atleta e ter a oportunidade de se inserir melhor dentro da sociedade.

Qual o orçamento para este ano?

O orçamento da Futel gira em torno de R$ 20 milhões por ano, o que não é suficiente para pagamento de funcionários e tocar todos os projetos. Tivemos um contingenciamento de 20% em nosso orçamento para este ano, o que significa que ele é o mesmo do ano passado. Com 35 projetos para tocar com o mesmo orçamento de 2016, é uma situação preocupante.

 

Qual sua visão dos poliesportivos da cidade?

Nossos poliesportivos estão muito deteriorados, destruído, e o do Tocantins é o exemplo mais clássico disso. Mudar esse cenário demanda tempo e dinheiro para recolocá-los em condição de uso. Estamos buscando parcerias para essa que infraestrutura física consiga dar conta da demanda que teremos.

Qual o maior problema atualmente na área de lazer do Parque do Sabiá, que recebe, diariamente, milhares de pessoas?

Os vândalos quebram muita coisa, entre alguns, por exemplo, a pedra de cima da bancada do restaurante. Isso demanda utilização de recursos que a gente não tem no momento. Você vai lá arruma e limpa, daí, num ato de vandalismo, no dia seguinte a pessoa vai e faz novamente.

 

O que será feito para tentar resolver este problema?

Para inibir um pouco estes atos, vamos instalar 60 câmeras de segurança em locais e considerados em uma situação mais crítica, o que será feito ainda neste primeiro semestre, na base de parceria.

 

E como está a situação do Estádio Parque do Sabiá?

O Estádio é um gigante que as pessoas esquecem que está ficando velho e cada vez mais deteriorado. A idade chega. Conseguimos renovar os laudos, mas alguns ainda estão com restrição. Precisamos melhorar a questão da ausência de corrimão. Os encanamentos ainda são de ferro e quando você liga a água nos vestiários novos, por exemplo, desce aquela borra escura, o que mancha tudo. Precisamos melhorar a parte elétrica que já tem mais de 30 anos, a iluminação precisa ser trocada por lâmpadas de led, o que geraria um custo de milhares de reais.

Já foi feito algo no Estádio em termos de melhoras?

Fizemos durante o Campeonato Mineiro mais de 2 mil metros de reboco e pintura, tudo na base da parceria. Sem falar na Arena Sabiazinho, que é bem mais nova, mas está na mesma situação. Tem de arrancar aquele piso que está todo manchado, o piso lateral, da parte das cantinas e vestiários.

O que pretende fazer para compensar o baixo orçamento para tamanha estrutura esportiva?

Temos procurado parcerias para nos ajudar neste processo. Buscamos convênios com o Ministério dos Esportes, com a Secretaria de Esportes de Minas Gerais, com ajuda dos deputados estaduais e federais, enfim, temos nos movimentado para que o orçamento reduzido não seja empecilho tão grande pra o desenvolvimento de todos os projetos.

 


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