O Grammy Awards, o Oscar da Música, é um dos prêmios mais celebrados pelos artistas. A cerimônia de entrega é sempre cercada por burburinhos, como da apresentação surpresa de Beyoncé, que novamente roubou a cena. Porém, as “falhas” são o que tornam apresentações desse tipo um pouco mais interessante e dão até um tom mais humano aos ídolos de diferentes gerações. A 59ª edição do Grammy foi no domingo (12) no Staples Center, em Los Angeles.
Adele foi a maior vencedora da noite. A britânica, que no ano passado desafinou, abriu a noite com “Hello”, apresentada de forma impecável. Percebeu-se até um certo alívio da britânica ao final da apresentação. Ela levou para os cinco prêmios aos quais concorria, inclusive melhor álbum vocal pop para "25". No seu discurso, dedicou o prêmio a Beyoncé e elogiou “Lemonade”. Tudo de bom. Mas um dos momentos mais marcantes da noite foi quando a diva pediu para a banda parar a apresentação de “Fast love”, uma homenagem póstuma a George Michael. “Desculpe, preciso começar de novo. Não posso f... com ele”, disse a cantor um pouco nervosa. Claro, retomou com toda pompa e foi aplaudida no auditório do Staples Center, em Los Angeles.
Falha técnica mesmo aconteceu com o Metallica, que fez a performance de “Moth into flame” com Lady Gaga. O microfone do vocalista James Hetfield não funcionou na primeira estrofe da música, o que o levou a cantar o refrão no mesmo microfone de Gaga, que novamente, se superou. James não ficou nada feliz mas no fim das contas a performance ficou marcada pelo vigor do grupo e a empolgação de Gaga, que até deu um mosh (pulou do palco nos braços da plateia).
Outro destaque, sem falhas, da noite foi a apresentação de Katy Perry. A artista, que cruzou o tapete vermelho com um look questionável, apareceu impecável para cantar seu novo single, “Chained to the rhythm”, com participação de Skip Marley, neto de Bob Marley. Com uma faixa escrito “resist” (resista) no braço esquerdo, Katy cantou versos que pedem mais engajamento político da sociedade.
Queen B
Mulher e família são destaques na apresentação de Beyoncé
REPRODUÇÃO/TV
Beyoncé cana “Love drough” no 59º Grammy Awards
Era de se esperar que Beyoncé roubaria a cena na 59ª edição do Grammy Awards. Foi a primeira aparição pública da cantora desde o anúncio da gravidez de gêmeos. Ela foi apresentada pela mãe, Tina Knowles e em uma performance cheia de referências religiosas, como a Santa Ceia, para “Love drough”, do álbum “Lemonade” e ainda “Sandcastlees”. Na plateia, a filha mais velha da cantora, Blue Ivy, e o marido Jay-Z eram só sorrisos. Durante seu discurso ao receber o Grammy de melhor álbum urbano contemporâneo, falou da importância de não repetirmos os mesmos erros e de como deseja que seus filhos e todas as crianças do mundo cresçam sabendo que são “lindos, inteligentes e capazes”.
ARTE
Confira os premiados nas principais categorias do Grammy 2017
Álbum do ano
“25” — Adele
Gravação do ano
“Hello” — Adele
Música do ano
“Hello” — Adele
Artista revelação
Chance The Rapper
Melhor álbum vocal pop
“25” — Adele
Melhor performance pop solo
“Hello” — Adele
Melhor performance pop duo ou grupo
“Stressed out” — Twenty One Pilots
Melhor álbum de rock
“Tell me i’m pretty” — Cage The Elephant
Melhor música de rock
“Blackstar” — David Bowie
Melhor álbum de música alternativa
“Blackstar” — David Bowie
Melhor performance de R&B
“Cranes in the Sky” — Solange
Melhor álbum urban contemporâneo
“Lemonade” — Beyoncé
Melhor álbum de rap
“Coloring book” — Chance The Rapper
Melhor música de rap
“Hotline bling” — Drake
Melhor álbum de country
“A sailor's guide to earth” — sturgill simpson
Melhor música escrita para trilha sonora
“Can't stop the feeling!”, de “Trolls” — Justin Timberlake
Melhor clipe
“Formation” — Beyoncé