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08/11/2023 às 08h00min - Atualizada em 08/11/2023 às 08h00min

Selic em baixa, onde aplicar seu dinheiro

ANTÔNIO CARLOS DE OLIVEIRA
A Taxa Selic, ou Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), é a taxa básica de juros da economia brasileira.  A Taxa Selic é uma ferramenta utilizada pelo Banco Central para equilibrar a economia e garantir a estabilidade financeira.

A seguir, estão os principais propósitos e influências da Taxa Selic:

A Taxa Selic tem várias funções, sendo a principal controlar a inflação e estimular ou frear a atividade econômica. Quando a Selic sobe, tende a reduzir o consumo e os investimentos, contribuindo para conter a inflação. 

A Selic afeta e influencia seus investimentos de diversas maneiras, sendo referência para diversos investimentos, como títulos públicos, CDBs e fundos de renda fixa. Quando a Taxa Selic sobe, tende a aumentar o retorno desses investimentos. Por outro lado, quando cai, os investimentos em renda fixa geralmente oferecem retornos menores.

As aplicações em renda fixa são compostas por diversos tipos de investimentos. Aqui estão alguns dos principais componentes das aplicações em renda fixa:

Os títulos do governo, como os do Tesouro Direto, são investimentos em que você empresta dinheiro ao governo em troca de juros. Eles são considerados muito seguros, pois são garantidos pelo governo.

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são títulos emitidos por bancos para captar recursos. Os investidores emprestam dinheiro aos bancos em troca de juros, e os CDBs são conhecidos por sua liquidez e diversidade de prazos.

As Letras de Crédito (LCIs e LCAs) são títulos emitidos por instituições financeiras para financiar setores específicos, como o agronegócio (LCA) ou o setor imobiliário (LCI). Oferecem isenção de Imposto de Renda e são considerados de baixo risco.

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs) são títulos que representam dívidas de empresas do setor imobiliário ou do agronegócio. Investidores emprestam dinheiro em troca de juros, e esses títulos são lastreados em ativos reais.

A caderneta de poupança é uma das formas mais tradicionais de investir em renda fixa no Brasil. Ela é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e oferece liquidez diária.

As Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos. Os investidores emprestam dinheiro às empresas e recebem juros em troca. As debêntures podem ser uma opção de renda fixa corporativa.

Os Fundos de Renda Fixa são veículos de investimento que aplicam em diversos ativos de renda fixa. Eles oferecem diversificação e são geridos por gestores profissionais.

As Letras Financeiras são títulos emitidos por instituições financeiras, parecidos com CDBs. Oferecem uma opção para investidores que buscam diversificação em sua carteira.

É importante ressaltar que as aplicações em renda fixa são compostas por uma variedade de títulos e instrumentos financeiros que proporcionam retornos estáveis e previsíveis, sendo adequadas para investidores que buscam segurança e baixo risco em seus investimentos.

A Selic também influencia o mercado de ações, pois taxas de juros mais baixas podem atrair investidores para o mercado de ações em busca de melhores retornos. Além disso, o custo de financiamento das empresas pode ser afetado pela Selic, impactando seus resultados financeiros.

O mercado de ações engloba a negociação de ações, que são títulos que representam propriedade em uma empresa. As negociações ocorrem nas bolsas de valores, que são plataformas onde os investidores compram e vendem ações. Os principais participantes são investidores, incluindo pessoas físicas e institucionais (como fundos de investimento), que compram e vendem ações.

Existem diferentes tipos de ações, como ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN), que conferem diferentes direitos aos acionistas.

Os investidores podem compor seus portfólios de ações de acordo com suas estratégias, escolhendo entre várias ações de diferentes empresas. 

É importante observar que o mercado de ações é um ambiente onde os investidores negociam ações de empresas, podendo compor seus portfólios de acordo com seus objetivos e estratégias. 

Uma alternativa é investir em imóveis, que podem ser uma opção atraente, especialmente quando a Taxa Selic está em queda. Aqui estão alguns pontos a considerar:

Com a Selic em baixa, as taxas de juros para financiamentos imobiliários tendem a ser mais favoráveis, o que pode reduzir os custos de aquisição de um imóvel.

Antes de investir em imóveis, é importante analisar o mercado imobiliário local, as tendências de valorização e o seu objetivo de investimento.

A queda da Taxa Selic pode tornar o investimento em imóveis uma opção mais atrativa, devido aos menores custos de financiamento e ao potencial de valorização. No entanto, é fundamental realizar uma análise criteriosa e considerar seus objetivos financeiros ao tomar essa decisão.

As dívidas e empréstimos são impactados pelas taxas de juros resultantes de uma Selic elevada, tornam empréstimos e financiamentos mais caros. Por outro lado, uma Selic mais baixa pode reduzir os custos de dívidas e financiamentos.

Com a Selic em baixa, é importante considerar estratégias de investimento alternativas para obter bons retornos. Aqui estão algumas opções e considerações:

Evite concentrar todo o seu dinheiro em uma única aplicação. Diversificar sua carteira ajuda a mitigar riscos e buscar melhores oportunidades.

Antes de tomar decisões, avalie seu perfil de investidor, considerando seus objetivos, tolerância ao risco e horizonte de investimento.

Em resumo, a Taxa Selic desempenha um papel central na economia brasileira e tem um impacto direto em seus investimentos, influenciando os retornos e as decisões financeiras que você toma. Portanto, é importante acompanhar as mudanças na Selic e considerar seu efeito ao tomar decisões financeiras

Lembre-se de que a decisão de onde aplicar seu dinheiro deve ser baseada em sua situação financeira, metas e aversão ao risco. Consultar um consultor financeiro ou especialista em investimentos pode ser uma abordagem sábia. 



*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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