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06/10/2021 às 08h00min - Atualizada em 06/10/2021 às 08h00min

Pix revoluciona o mercado de meios de pagamento no Brasil

ANTONIO CARLOS
O Pix é o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC) que mudou completamente o cenário do mercado de meios de pagamento no Brasil. 

Desde seu lançamento, em novembro de 2020, o Pix tornou-se um forte candidato para se protagonizar como um dos principais meios de pagamento tanto entre os consumidores quanto para os lojistas brasileiros. Isso porque a instantaneidade que o sistema de pagamentos do BC consegue oferecer, é um conceito que já vinha se tornando cada vez mais essencial nesse mercado.

Esse cenário já era observado na rapidez de confirmação de compra do cartão de crédito, um dos preferidos do consumidor brasileiro. No entanto, um formato como o cartão ainda era limitado em alguns aspectos, como por exemplo, compensação e transferências bancárias entre os usuários.

O Pix fez a sua estreia e mudou o jogo em todas as frentes quando o assunto é pagar, receber e transferir dinheiro. Mas você sabe de fato o que é o Pix do BC e tudo que é possível fazer com esse sistema de pagamentos tão avançado para os dias atuais – tornando o processo não só prático, como vantajoso do ponto de vista econômico para o usuário.

Esse é um sistema para pagamentos e transferências que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, até mesmo nos feriados. E foi exatamente assim que o Pix chegou ao mercado de meios de pagamento. Significa que é possível fazer transferências bancárias via Pix às 23h de um sábado, que elas irão cair em poucos segundos na conta de destino. Em termos mais precisos, são necessários apenas 10 segundos para o dinheiro cair na conta do destinatário. Mas o que é tão diferente assim nesse sistema de pagamentos? Antes da chegada do Pix, os meios de pagamento existentes eram os velhos conhecidos do público: boleto bancário, cartão de crédito e débito, e até mesmo transferências bancárias, em alguns casos. 

Anunciado para o mercado em fevereiro de 2020 pelo BC, o Pix entrou oficialmente em operação em 16 de novembro do ano passado.  Com a proposta de oferecer um formato de pagamento com compensação em poucos segundos e uma disponibilidade nunca vista antes no Brasil, o Pix do BC veio para trazer mais rapidez na hora de pagar e receber.

De acordo com dados do BC, 164 milhões de pessoas têm relacionamento bancário no Brasil e o Pix atingiu a marca de 100,3 milhões de usuários pessoa física no último (22/09/2021). São exatamente 100.389.158 de pessoas no Pix. Além dos 100 milhões de usuários pessoa física, o Pix conta também com 7,3 milhões de usuários pessoa jurídica, segundo os dados do final de agosto informados pelo BC. São, ao todo, 204,2 milhões de contas bancárias registradas no sistema.             
              
Para realizar pagamentos instantâneos de forma facilitada, os brasileiros podem cadastrar até 5 chaves Pix e as empresas, 20. O BC já tem 313,2 milhões de chaves registradas, sendo 300,5 milhões de pessoas físicas e 12,7 milhões de empresas.   
              
A proposta inicial do BC com o seu sistema de pagamentos instantâneos era o de oferecer um formato completo, que pudesse suprir as demandas de mercado (consumidores e lojistas). Ao contrário dos métodos tradicionais, as Características do Pix oferece rapidez nas transações concluídas em poucos segundos, recursos disponíveis para o recebedor em tempo real; Preços mais acessíveis com gratuidade para pessoa física pagadora e baixo custo para os demais casos; Segurança e robustez nos mecanismos e medidas para garantir a segurança das transações, facilitando a automação de processos e a conciliação dos pagamentos efetuados.

Vamos refletir: O principal objetivo do Pix sempre foi o de tornar possível a tecnologia de pagamentos instantâneos no país – esse formato já existia em países como a China, por exemplo, que também funcionam por meio de QR Codes, e rodam nos chamados super aplicativos. 

O modelo trouxe para o Brasil muito mais agilidade na hora de realizar pagamentos e fazer transferências. Por conta dos custos mais baixos que o Pix oferece, outra grande meta que esse sistema também se propõe é a da inclusão financeira da população.

Para o lado de quem tem empresa, o Pix garante a criação de novos modelos de negócios, o que possibilita o aumento da competitividade de mercado.

Pensando estrategicamente: para realizar transações via Pix, é preciso que o usuário tenha uma conta, que não precisa ser corrente, em um banco tradicional ou uma fintech. Todo o processo de criar um cadastro no Pix gira em torno das chamadas Chaves Pix, que nada mais são do que uma forma do BC de identificar seus dados transacionais.

De uma forma bem descomplicada, uma Chave Pix funciona como um apelido que serve para identificar determinada conta no BC. Em outras palavras, cada chave é um endereço único que possibilita transações via Pix entre pessoas e empresas. 

Uma das grandes mudanças que aconteceu desde a chegada do Pix no mercado de pagamentos foi justamente para receber e realizar operações via Pix é apenas necessário informar essa chave de identificação e, em até 10 segundos, já vai estar tudo concluído. 

No último dia (04/10/2021), entrou em vigor o novo limite de transferência por meio do Pix no período da noite. O teto estabelecido para as transações é de R$ 1.000, no horário das 20h às 6h, que pode ser modificado pelo cliente. A regra aplica-se nas transações entre pessoas físicas, incluindo os microempreendedores individuais (MEIs) e vale para TEDs, transferências entre contas do mesmo banco e cartões de débito. Além do Pix, a restrição também vale para pagamentos de boletos e compras com cartões de débitos, Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC) realizados via aplicativo. 

Essa é uma das medidas estabelecidas pelo BC para garantir maior segurança na prestação de serviços de pagamento, especialmente por meio do Pix.
 

Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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