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26/05/2021 às 08h00min - Atualizada em 26/05/2021 às 08h00min

Fim do sonho?

ADRIANO SANTOS
Foto: Pixabay
O Centro Internacional de Estudos Esportivos alimentou uma pesquisa importantíssima para as categorias de base do Brasil.

No Brasileirão de 2020, 35,5% dos atletas da série A tinham entre 16 a 20 anos, aumento significativo de 12,6% comparado ao ano de 2019.

Estamos em 2021, mas o Campeonato Brasileiro 2020 terminou esse ano, as notícias são animadoras, cerca de 25,8% dos atletas que atuaram nos times da série A eram das suas respectivas categorias de base, 18% a mais de 2019.

A cada 90 minutos de jogo, 16 minutos são jogados por atleta abaixo de 20 anos, mas o que aconteceu?

A relação de atletas contaminados e em quarentena fizeram os clubes a olharem para suas categorias de base.

Dos cinco times que mais usaram atletas no Campeonato Brasileiro de 2020, Goiás 48, Coritiba 41, Galo 40, Flamengo 38, Botafogo 38, ambos foram os 2 primeiros colocados, outros 3 rebaixados, o que aprendemos com tudo isso?

Planejamento e relação da base, o Flamengo vendeu joias importantíssimas para o caixa, o Grêmio lucrou mais 90milhoes com vendas, dentre tantos clubes no Brasil.

Claro que a formação técnica dos garotos e atletas foram afetadas, no entanto existe uma média de 23 a 27% da renda dos clubes são de venda de jogadores, nas quais dependem quase dependem de 25% da bilheteria que outrora ficaram prejudicada, prato cheio para valorizarem atletas e técnicos das categorias de base no Brasil.

O Fluminense classificou para a Libertadores com 16 atletas abaixo de 20 anos, o goleiro titular que o Flamengo finalizou o Campeonato de 2020/2021 no qual foi Campeão tem 20 anos, o Palmeiras e sua safra milionária.

Ressalvas que o futsal, maior contribuinte para as categorias de base no Brasil parou, haverá sim a perda significativa na formação, aprendizado motor, recrutamento de fibras e muitos outros problemas, porém quanto mais jovem mais tempo haverá para a busca de aprimoramento, as categorias de base precisam voltar com toda força, os clubes dependem disso, as crianças precisam voltar a sonhar.

Não é base para segurar atletas, é base para formar e oportunizar atletas.

Brasil está cheio de crianças que precisa voltar a sonhar.

Paixão Futebol é urgente.


* Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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