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09/12/2020 às 08h00min - Atualizada em 09/12/2020 às 08h00min

Negócios remotos terão mais chances em 2021

ANTÔNIO CARLOS DE OLIVEIRA
A utilização da tecnologia como instrumento para a alavancagem dos negócios entra em uma fase muito importante, e será um grande teste para a sobrevivência das empresas. Os fatores são de abrangência internacional e seus reflexos nas estruturas das organizações. Com o alcance da crise sanitária (covid-19), ainda não temos ideia de como será, mas de algo podemos ter certeza: serão sobreviventes aquelas empresas que estão empenhadas em melhorias de produtividade na gestão de seus negócios, mantendo uma posição mais ousada e ao mesmo tempo mais austera de seus controles.

Incorporar tecnologia como suporte ao processo de gerenciamento dos negócios, por certo, proporcionará maior agilidade e o ganho de tempo será inevitável, provocando uma verdadeira revolução nos conceitos de gestão usualmente utilizados. A globalização da economia trouxe consigo a necessidade de mais agilidade na tomada de decisões, provocando a ruptura com práticas administrativas até então utilizadas.

Se internamente as empresas estão diante de desafios relacionados a aspectos como gestão e inovação, no que se refere ao mercado externo o cenário muda consideravelmente com o surgimento pandemia do Covid-19.

O histórico de barreiras comerciais impostas pelas nações mais desenvolvidas em períodos pós-crise, associado às incertezas sobre a reabertura dos mercados, ganha contornos um pouco mais complexos diante de uma crise global que afetou os países em momentos distintos.

Muitas grandes corporações já utilizam o que para a maioria das empresas nacionais parece novidade; refiro-me ao universo de empresas de pequeno e médio porte que constituem a base da nossa economia, e que, naturalmente, terão dificuldades em se aparelharem com a necessária agilidade que o momento exige, quer pela necessidade de investimento, quer pela falta de domínio dos conceitos de gerência baseados em informações extraídas dos sistemas integrados.

Assim como a pandemia atingiu primeiro a Ásia, depois a Europa e, na sequência, as Américas, a crise econômica seguiu o mesmo roteiro”.  O resultado dessa falta de sincronia, é que os países que tiveram a pandemia primeiro e conseguiram controlar, vão sair primeiro da crise econômica. “Isso representa um desafio porque, teoricamente, as empresas desses países terão mais chances de ocupar espaços que antes eram preenchidos por empresas localizadas nos países que ainda estão no início do processo de retomada”.

Vamos refletir: ... Embora o “novo normal” tenha se tornado assunto frequente, ninguém sabe exatamente o que ele representa e como a indústria, as relações humanas, profissionais e comerciais se darão em um mundo pós-pandemia. Pensar esse “novo mundo” tem sido uma espécie de exercício de futurologia, apesar da retomada de setores da economia e a flexibilização do distanciamento social apontarem algumas direções.

Independentemente da direção a ser seguida, as mudanças estruturais e comportamentais instituídas pela pandemia impõem alguns desafios às empresas, que vão desde rever a presença dos colaboradores nas suas instalações, adoção de novos processos até uma maior compreensão da geopolítica global.

Muitos formatos e processos de trabalho adotados nesse período devem influenciar a maneira de continuar os negócios.

Essa nova realidade é reflexo da velocidade com que algumas tendências se impuseram.  já estavam no radar dos empresários, mas a pandemia colocou essas mudanças na ordem do dia. “Implementar essas inovações no menor prazo possível acabou se tornando uma questão de sobrevivência para muitas empresas”. 

De fato, os hábitos de consumo do brasileiro mudaram nos últimos meses. Levantamento realizado pela Infobase Interativa mostra que 13% da população fizeram sua primeira compra on-line em virtude das medidas restritivas impostas pela pandemia de coronavírus. Entre os que já tinham esse hábito, 24% aumentaram suas compras pela internet.

Esse crescimento também foi mapeado pelo Sebrae. “Mesmo no contexto de crise, percebemos que as empresas que já tinham investido em plataformas de venda on-line e de entrega conseguiram se adaptar mais rapidamente e, em muitos casos, tiveram aumento das vendas”, conta Gustavo Reis.

Uma tendência antecipada é o home office. Pesquisa da ISE Business School constatou que, passado o choque inicial, 80% dos gestores afirmaram gostar da nova forma de trabalhar, muitos afirmam que nova realidade veio para ficar.

Pensando estrategicamente: ... Nunca houve tantos futurologistas, planejadores, prognosticadores e construtores de modelos como hoje e o mais desconcertante produto do progresso tecnológico, o computador, parece oferecer novas possibilidades ilimitadas. As pessoas falam com desenvoltura a respeito de “máquinas de prever o futuro”. Essas máquinas não são precisamente o que esperávamos? Todos os homens em todos os tempos têm querido conhecer o futuro.

Da maturidade digital a diversidade, conhecer as tendências de mercado para 2021 é fundamental para a sua empresa se manter competitiva, principalmente, após tantas mudanças na forma de trabalhar e se comunicar com o público devido à pandemia da Covid-19. Se a sua organização se manteve atenta às mudanças do mercado e tentou adotá-las na rotina, você está no caminho certo! Afinal, o que as tendências nos mostram é que não haverá mudanças tão diferentes das que já presenciamos em 2020.

A principal diferença é que em 2021 as empresas e pessoas deixam de encarar as modificações como temporárias e passam a buscar formas de aplicar a longo prazo essas novas formas de gestão de pessoas, trabalho e projetos. 

O grande desafio será combinar, na dose certa, equilíbrio na escolha do parceiro para o fornecimento de sistemas e o gerenciamento da mudança, o que chamamos de “a essência da transformação”.


*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

 
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