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27/03/2020 às 08h00min - Atualizada em 27/03/2020 às 08h00min

Semanas

WILLIAN H STUTZ
Como é que você conta os dias da semana? Como diria um amigo em reposta a um “post” quando pergunto quem será que compra o Petróleo do Exército Islâmico (EI): “Todo mundo, pô! Todo mundo precisa de petróleo. Que pergunta mais besta!” Claro que no rápido ler penso que meu querido amigo de décadas foi rápido demais, pois a pergunta não se referia ao mundo árabe, mas sim ao petróleo dos poços ocupados por estes senhores da guerra e do horror. Mas e aí, como você conta os dias da sua semana? Outra pergunta besta, pensaria a maioria: Uai conto como todo mundo: primeiro vem a terrível e ressaquenta segunda-feira, o dia mais odiado segundo pesquisa feita pelo International Research Center for Absurd Affairs – IRCAA, para a sigla em inglês. Ah, tal instituição foi criada neste momento, sou fundador e presidente, CEO e único membro da dita. Depois vem a terça, maioria dorme mais cedo e os resquícios da esbórnia começam a diminuir, mas, por favor, fala mais baixo!

Pronto, a quarta chega e a semana começa de verdade, tem futebol, chegou-se ao meio e para baixo todo santo ajuda, logo se avista uma quinta e, glória ao criador, sangue de Jesus tem poder, chega a sexta novamente. É mais ou menos assim? Pode ser, pode ser. Mas que dia mesmo começa a tal semana ou as sete manhãs? No domingo ou na segunda? O dicionário nos explica: “Primeiro dia da semana, depois de sábado e antes de segunda-feira / “Domingo, na tradição cristã, último dia da semana, consagrado ao descanso e à oração.”

Dizem que a Diretoria descansou ao sétimo dia, aí resolveram chamar de domingo esse dia.

Na verdade, pouco importa, pois o domingo pode ser tudo, “consagrado ao descanso e à oração para uns”. Futebol, se tiver jogo do Galo é sagrado, churrasco e cerveja para outros. Rezem por nós.

Mas existem outras formas de se contar dias da semana. Sabemos desde que o mundo é mundo que jamais conseguiremos fechar nossas agendas de trabalho e que muito ficará para a semana vindoura. No nosso caso que trabalhávamos com emergências então, não existia agenda, ela era o cotidiano do mundo, perigoso de Riobaldo Tatarana, assim, contava a semana com bananas, ou maçãs. Isso mesmo, frutas. Todo dia no meio da manhã enganávamos a fome com uma delas, trazia na segunda cinco frutas que lá no Laboratório ficavam guardadas. Cada dia uma que ia. Esquecia dos nomes dos dias, mas sabia que estamos no quarto, quinto ou sexto contando minhas frutas.

Enfim, existem mil formas de se contar os famosos cinco dias úteis seja por cigarros fumados (péssima ideia), noites de prazer, dívidas e/ou dia de pagamento. O importante, caro amigo, é que se curta cada um deles, pois aqui nunca se ganha tempo, cada segundo que passa é poeira de retirada e o caminho não tem atalho. “Carpe diem” poeta vivo, aproveite o dia.

Resolvida a questão da semana. Pergunto: e em previsões de horóscopo você acredita? Tenho um outro amigo que deixa de viajar se o dele der algum sinal de perigo. Sem razão, pois, na verdade, ele tem de conferir como dizia minha mãe, é o signo do piloto do avião, ou não?

“Eu sou de Virgem e só de imaginar me dá vertigem”. Aproveito e passeio “Pelas vitrines (...) da alma”. Não é, João Bosco?

*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.






 
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