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25/01/2020 às 09h21min - Atualizada em 25/01/2020 às 09h21min

Cada macaco no seu galho e a “namoradinha do Brasil”

ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA
Em tempos de mudanças nos processos sociais e trabalhistas, temos cada dia mais gente empreendendo e buscando fazer aquilo que move seu propósito de vida. Estamos entendendo mais sobre aquilo que nos move, e como tornar esse movimento lucrativo, sendo parte de um projeto maior que chamamos de: vida!

Tem quem ame cozinhar e abriu seu próprio restaurante, quem se identifica com o mundo da internet e investe todo tempo e esforços nisso, além de uma grande parcela de ex-executivos que estão buscando utilizar de suas experiências em modelos inovadores de negócios. Um hobby que vira business, e experiências diferentes das funções necessárias. Esse é o ponto.

Como um sistema complexo, independente de seus tamanhos e proporções de negócios, todas as empresas necessitam de vários pontos envolvidos para entregar um produto e ou serviço.  A experiência de um cliente é construída por uma soma de fatores, tudo é importante, e cada um executar o seu melhor contribui exatamente nisso! Se formos todos chefes, não existe execução, se formos braço, não existe estratégia!

Pensando estrategicamente, os anos de 2019 e 2020 vêm até nós de forma questionadora. Todos nós estamos saindo de zonas de conforto de alguma forma, aprendendo algo novo, deixando para trás velhos hábitos. Mais flexibilidade, menos burocracias e rigidez.
Com um desafio de comandar um país que fatura menos, que aumenta o número de desempregados a cada dia, e que está dividido, o presidente Bolsonaro optou por mergulhar mais fundo na onda das mudanças, propondo que a “namoradinha do Brasil” assuma a secretaria de cultura, assinando de vez o casamento com o governo Bolsonaro, que vem de um namoro longo, e também de outras relações políticas.

Regina tem um sólido histórico como atriz. Trabalhos conhecidos nacionalmente e internacionalmente, e uma contribuição significativa para o meio artístico quando falamos em processo de produção de telenovelas.  Regina agora está no mesmo barco que muitos de nós:  aquele que balança muito, e que ainda não sabe para onde está indo.

Celebridades investem em diversas outras áreas, eu sei, sabemos disso. Restaurantes, salões de beleza, cosméticos, produtoras de conteúdo, hotelaria e turismo, e muitos outros setores.  As franquias, por exemplo, são boas saídas para investir naquilo que ainda não somos experts, mas acredite, dentro delas, ainda temos pessoas que são específicas naquilo que fazem, nos dando mais confiança naquilo que nós não fazemos.

Segundo o presidente, o convite à atriz veio com o objetivo de “pacificar” o setor, e utilizar de sua experiência para propor novos e mais efetivos projetos com cultura.  Com uma equipe de apoio conservadora – conta inclusive com pastores – Regina está na contramão de seu próprio movimento de vida: negou o cargo há 1 ano, assume um posto desafiador e fora de suas habilidades, estrutura uma nova área com heranças antigas, trazendo um time viciado em antigos hábitos e de mentes atrás de seu tempo.

Tempo é dinheiro, nas pequenas ou imensas estruturas organizacionais. Receber profissionais não preparados exige tempo para lapidá-los, logo, nos exige bastante dinheiro. Inexperiência tem seus custos. Vamos ver como será a relação com a “namoradinha do Brasil” daqui para a frente. Já diziam os antigos: “ a conta entra pela porta, e o amor sai pela janela”.


*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.







 
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