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12/07/2019 às 08h22min - Atualizada em 12/07/2019 às 08h22min

As lições de um unicórnio

MARIANA SEGALA

Um mês atrás, o Brasil contabilizou seu mais novo “unicórnio” – jargão usado em referência às startups estreladas, avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão. A Gympass, plataforma de assinatura de academias e atividades físicas, conquistou o título depois de receber um investimento de US$ 300 milhões liderado pelo fundo japonês Softbank. Presente em 14 países na América e na Europa, o serviço soma uma rede de 47 mil academias conveniadas. Só no Brasil são 21 mil, em quase 1.500 cidades – os usuários podem treinar em qualquer uma delas pagando uma só assinatura. Nessa história de sucesso, um personagem ganhou a atenção dos uberlandenses nesta semana: o diretor de tecnologia da Gympass, que é um conterrâneo, esteve aqui para compartilhar sua experiência com empreendedores e entusiastas da tecnologia. Em um evento na terça-feira, Rodrigo Rodrigues dividiu o palco com outras figuras da TI na cidade e contou sobre sua experiência no setor e na Gympass. Uma das suas mensagens aos “startupeiros” de plantão: quando o dinheiro chega, os desafios se multiplicam. “Internamente, temos evitado enfatizar a figura do unicórnio, para não perder o foco no que a gente precisa fazer com todo esse investimento que está disponível”, disse. “O que mudou de fato é que começamos a ter problemas bons para resolver: como vamos contratar 150 pessoas em um ano? Como vamos colocar essas pessoas para produzir?”. Rodrigues, que cursou Ciências da Computação na Unitri na década de 1990, disse que um dos objetivos da empresa é alcançar a marca de 10 milhões de clientes usando a plataforma da Gympass.
 
Netshoes ou Softbox?
Palavras de Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza, ao comentar sobre o negócio mais emblemático da empresa – a compra do e-commerce de artigos esportivos Netshoes – em uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na última semana: “A aquisição que fiz no ano passado, da Softbox, que é uma empresa de Uberlândia, é tão importante quanto a da Netshoes e está meio fora do radar. Ela é importante porque me ajuda a desenvolver sistemas para as lojas analógicas. A Softbox é superimportante, mas como é mais abstrata, nem todo mundo deu tanta importância. Ela acelera o processo de digitalizar a loja analógica”.
 
Agentes locais de inovação
Estão abertas as inscrições para os interessados em atuar como agentes locais de inovação no programa ALI, desenvolvido pelo Sebrae e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O programa tem como objetivo estimular a prática da inovação nas empresas de pequeno porte, a partir de orientação gratuita e personalizada oferecida pelos agentes. Para o Triângulo Mineiro, serão selecionados dez profissionais – nove para atuar em Uberlândia e um em Araguari. A expectativa é de que eles acompanhem cerca de 400 empresas da região durante oito meses, enquanto implementam ou aprimoram seus processos inovadores. Para participar, é preciso ter graduação concluída há, no máximo, dez anos. Também é necessário comprovar experiência profissional de pelo menos seis meses em atividades relacionadas à tecnologia e inovação. Para executar as tarefas do programa, os agentes receberão uma bolsa de R$ 4 mil por mês. As inscrições terminam no dia 19 e são feitas pelo site
www.concepcaoconsultoria.com.br.
 
Programação para menores
O terceiro ciclo deste ano do Uberhub Code Club está marcado para começar em agosto – e as inscrições para participar estão acontecendo neste exato momento. O programa, gratuito, procura apresentar os conceitos básicos das Ciências da Computação para estudantes de Ensino Médio e jovens adultos. Parte das aulas, ministradas por professores e estudantes da área, são presenciais e acontecem nos laboratórios da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Uniube e do Pitágoras. Mas uma parcela considerável do conteúdo é explorada em uma plataforma de ensino à distância. O objetivo não é necessariamente formar programadores, mas despertar a curiosidade da garotada pelo assunto. Atualmente, a demanda por profissionais de tecnologia da informação na cidade é constante e invencível. A meta para 2019 é formar cerca de 1.500 jovens no programa. Informações no site
www.uberhubcode.com.br.


*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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