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05/05/2019 às 08h00min - Atualizada em 05/05/2019 às 08h00min

Que mundo!

WILLIAM H STUTZ
De Uberlândia - Que mundo! Diria compadre, que não vejo há séculos. Assim no escrito, era “cumpá”. Mesmo sem ser mineiro costumava economizar sílabas e falava numa toada tão rápida, num atropelo de frases, que ganhou o apelido de Ligeirinho.

Pois é cumpá, vou te contar, o mundo anda de pernas para o ar. Esta rima não foi proposital, eu juro. Temos agora um governo federal que parece um time da segunda divisão. Teve gringo querendo ensinar português, astronauta a ver estrelas enquanto alguns juram de pé junto que a terra alem de plana  é o centro do universo e não os próprios umbigos.  Juntando-se desse modo aos “jovens” como o astrônomo grego Aristarco de Samos, que lá no século III a.C, só de olhar, chegou à conclusão de que a Terra gira em torno do sol. Mais “recentemente”, a Nicolau Copérnico em 1530, época em que nossa terra Brasilis começava a ser saqueada. Tempos depois foi a vez de Galileu Galilei que, ao desenvolver seus estudos, deu sustentação científica para a teoria heliocêntrica. Também, ele tinha um instrumento recém-inventado: o telescópio. Claro, não era nenhum Hubble e tais, mas era poderoso como uma DKW para a época. Porém, entrou em cena o tal de Kepler e jogou areia nas teorias pétreas da época, nos deixando a famosa fórmula que reza: “Os quadrados dos períodos orbitais dos planetas são proporcionais aos cubos dos semi-eixos maiores das órbitas (P²=ka³)”. Não tenho a menor ideia do que se trata. Contudo, como a senhora do governo que viu Jesus na goiabeira, deve ser muito importante e não poderia morrer sem escrever sobre isso.

Enquanto Brasília está uma doideira e brinca-se de trocar cadeira mesmo sabendo que vai faltar uma toda semana (aumenta-se mais uma cadeira e mais gente aparece ), muitos dirão, acabaram com o horário de verão. Impressionante. Enquanto isso, nossas Gerais sofre mineiramente, calada. Além da mistura de estações nos tapetes coloridos da procissão de domingo de Páscoa, desenhos de cunho político foram retirados, obviamente. Vales continuam a levar em caminhões e trens nosso estado embora, deixando, impunemente, mortos e destruição. Carreiam mundo afora minério e corpos. Cria-se um “pare-siga” na estrada para Ouro Preto beirando a área da barragem Vargem Grande. Farsa e fingimento de atitude, trem para inglês ver. Detonaram o Carnaval e só muita fé para ter coragem de ir até lá na semana santa. Eu lá estava, firme em fé.  Tudo isso recheado de desinformação e conversa fiada da Vale e evasivas notícias da mídia global.

As cidades no entorno ou estão vazias ou vivem em pânico. “Oh! Minas Gerais/Oh! Minas Gerais/Quem te conhece…” conheceu, não reconhece jamais. As nossas estradas um bagaço só. Tração nas quatro e suspensão reforçada ou vá de trem, que não existe para quase lugar nenhum. Vejo carrões pelas nossas ruas em desfile de modas e vaidades. Chegaram de cegonha e só assim podem sair. Nosso país tropical, abençoado por Deus, anda esquecido dele e por Ele. É dengue para todo lado e as autoridades, tirando o corpo, culpam a população e seus quintais. A população tem sim que fazer sua parte mas não mesmo a vilã da historia, descaso, meus amigos descaso permanente. Estatística é ótima para esconder erros e falta de compromisso. Sarampo voltando com tudo, febre amarela nos rondando. Ano que vem tem eleições e o risco é ficar “tudo como dantes no quartel de Abrantes”. Espero de coração que não. Frase aquela nascida de uma ação que muito conhecemos em outros moldes.  Bloqueio Continental imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês e que Portugal custou a cumprir. O resto é história com H. Sobrou até para nós, cá em Terra de Santa Cruz. Tem mais para contar. Cada dia um susto ou um flash como na novela da Globo, que para alguns agora é de esquerda. Pode isso?! Quanta besteira, quanta perda de tempo! Quem sabe falemos um pouco cultura, filosofia, sociologia e até de saúde dia desses?

Que mundo, hein cumpá? Que mundo!
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