O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpre, na manhã desta quinta-feira (18), cinco mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária em Uberlândia. A ação faz parte da "Operação Tribunal do Crime", que investiga a responsabilização de um crime grave envolvendo o chamado Tribunal do Crime e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A operação foi deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e conta com a ação de três promotores de Justiça e 45 policiais militares. Os denominados "tribunais do crime" são aparelhos de punição e de repressão social, fundamentado no extermínio planejado de vidas por conta de "julgamentos" realizados e das sentenças definidas pelos líderes da organização criminosa.
De acordo com o Gaeco, os tribunais do crime agem com violência extrema, realizando torturas, espancamentos e outras formas bárbaras de violência antes das execuções, causando pânico na sociedade em geral. A operação foi deflagrada devido a um crime ocorrido no dia 28 de maio, quando uma vítima foi sequestrada e levada para o Assentamento Maná. Na ocasião, ela foi violentamente espancada e torturada por diversos indivíduos. Além da tortura, a vítima foi ameaçada de execução se não confessasse participar de uma facção rival.
O Gaeco vai prestar esclarecimentos sobre o caso em coletiva de imprensa realizada ainda nesta quinta, na sede do Ministério Público Estadual, em Uberlândia.
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