Pâmela Volp foi presa em 2021 por liderar esquema de exploração sexual de travestis I Foto: ALINE REZENDE/CMUO Juízo da 3ª Vara Criminal de Uberlândia decretou, na manhã desta quarta (13), a prisão preventiva de Pâmela Volp como forma de garantir a ordem pública e cessar a reiteração criminosa da ex-vereadora. A ação foi um pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo a acusação, Pâmela Volp teria constrangido outro preso com a ajuda de outros dois detentos, mediante grave ameaça "à prática de atos libidinosos", o que configura crime de estupro. Conforme a decisão proferida pela Vara Criminal, o Poder Judiciário ressaltou a gravidade do fato, bem como o risco de reiteração criminosa de Volp, que "já responde por outros delitos graves e insiste no mundo do crime".
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
Em maio, a ex-vereadora foi denunciada por detentos da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga por práticas de extorsão, lesão corporal e ameaça dentro da unidade prisional. De acordo com relatos, Pâmela Volp teria estabelecido no interior da ala destinada a pessoas LGBTQIA+ um sistema de extorsão, cuja prática se iniciou em fevereiro deste ano. As denúncias apontaram um esquema elaborado para a comercialização interna de cigarros, materiais de limpeza e outros produtos.
No mês passado, Pâmela também teve uma prisão preventiva decretada por homicídio qualificado tentado na penitenciária. Na ocasião, Volp mandou espancar outro detento na unidade prisional. De acordo com o Gaeco, a ex-vereadora foi acusada de ordenar cinco presos que espancassem um dos detentos da ala destinada a pessoas da comunidade LGBTQIA+. Segundo as investigações, a vítima havia pego alguns cigarros de Pâmela, que revidou com a ordem para matar o preso.
OPERAÇÃO LIBERTAS
Pâmela Volp foi presa em novembro de 2021 durante a "Operação Libertas", deflagrada pelo Gaeco. Além da ex-vereadora, também foram detidas a filha dela, Paula Volp e Lamar Bionda, também acusada de envolvimento em um esquema de exploração de travestis em Uberlândia e outras regiões do país. Todas elas são suspeitas dos crimes de exploração sexual, manutenção de casa e prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.
O Diário de Uberlândia tentou contato com o advogado da ex-vereadora, mas as ligações não foram atendidas.
* Matéria atualizada às 11h20 para acréscimo de informações.
VEJA TAMBÉM:
• Justiça decreta prisão de Pâmela Volp por homicídio tentado contra detento na Penitenciária Pimenta da Veiga
