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23/05/2022 às 11h50min - Atualizada em 23/05/2022 às 11h50min

Para fugir de taxas de Apps, restaurantes apostam em plataformas próprias de delivery

Empresários investem em sistemas próprios para diminuir gastos, aumentar receita e continuar oferecendo serviço aos clientes

SÍLVIO AZEVEDO
Cerca de 16% do faturamento do restaurante Akkar vem de ferramentas próprias | Foto: Divulgação
Durante a pandemia da covid-19, bares e restaurantes de Uberlândia apostaram no delivery como uma forma de garantir o faturamento e manter o funcionamento. No início, os estabelecimentos aderiram às plataformas tradicionais de entregas, como iFood e Uber Eats. Contudo, as altas taxas cobradas pelos aplicativos fizeram com que os empresários investissem em plataformas próprias para diminuir os gastos, aumentar a receita e continuar oferecendo o serviço aos clientes. 

O Akkar, tradicional restaurante de comida árabe em Uberlândia, implantou o serviço de delivery em 1994 e com o passar dos anos foi aprimorando o serviço de entrega. De acordo com o proprietário, Roberto Yunes Makhoul, inicialmente, os pedidos eram feitos por ligações. Atualmente, o estabelecimento conta com um site e aplicativo próprio. 

Segundo Roberto, o serviço de entregas do Akkar traz mais lucros do que os aplicativos tradicionais. “Cerca de 16% do faturamento vem de ferramentas próprias, como site, aplicativo e telefone, enquanto o iFood representa 11%”. 

Para o comerciante, as ferramentas próprias oferecem muitas vantagens tanto para o cliente quanto para o restaurante. “A gente utiliza estratégias de propaganda, como taxa de entrega grátis e descontos. Quase tudo somente no nosso aplicativo. A maioria das promoções não estão no iFood”.

Por fim, Roberto disse que, mesmo com um desempenho melhor no aplicativo do restaurante,  o Akkar permanece com um perfil no Ifood por questões de mercado. “Mantivemos pelo apelo do público. O iFood tem mais recursos para divulgar. Se eu for gastar para divulgar o aplicativo, o custo é alto. Se eu não estiver lá dentro, meu concorrente está. É uma opção para abrir novos mercados”.


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EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO
O Gleiston Pereira Silva é proprietário do restaurante Tô na Brasa e lançou o aplicativo próprio do estabelecimento há cerca de um ano. Nesse tempo, ele já percebeu como a alternativa tem dado resultados. “A função principal é atrair as vendas dos aplicativos tradicionais para o do restaurante, melhorando a lucratividade da empresa. No primeiro ano, 15% do meu faturamento veio do aplicativo”.

A expectativa de Gleiston é que, futuramente, mais da metade do faturamento venha do aplicativo próprio. Para ele, entre as desvantagens das plataformas tradicionais, está a diferenciação de preço e a taxa cobrada pelo app, que pode variar de 16% a 26%, dependendo do contrato.

“O preço dentro desses aplicativos é maior, porque precisamos embutir as taxas cobradas nos preços dos produtos. No meu app o valor é diferente, é o valor real do produtos”. 

Para manter o aplicativo do restaurante, Gleiston investe R$ 3,7 mil anuais. “Compensa porque hoje dou mais de R$ 20 mil mensal para o Ifood. A fatia que eles têm é muito grande”, concluiu. 

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