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30/04/2022 às 11h00min - Atualizada em 30/04/2022 às 11h00min

Formado na Academia de Vôlei de Uberlândia, Henrique Honorato é destaque do Minas Tênis

Atleta entrará em quadra pelo 2º jogo da final da Superliga Masculina de Vôlei contra o Cruzeiro, neste domingo (1º), na Arena Sabiazinho

IGOR MARTINS E SÍLVIO AZEVEDO | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Honorato é formado na Academia de Vôlei de Uberlândia | Foto: Guilherme Cirino

Neste domingo (1º), o Minas Tênis e Sada/Cruzeiro entram em quadra pela segunda partida da final da Superliga Masculina de Vôlei. O palco será a Arena Sabiazinho, em Uberlândia. Entre os atletas em quadra, estará Henrique Honorato, de 25 anos, ponteiro do Minas, formado na Academia do Vôlei, em Uberlândia.

Foi na Academia do Vôlei que Henrique deu seus primeiros passos no esporte, sob o olhar do pai, Manuel Honorato, gestor e ex-técnico da equipe. Hoje, é um dos destaques da equipe de Belo Horizonte e terá a emoção de jogar uma final de Superliga na cidade onde começou a jogar. 

Após derrota na primeira partida, o Minas precisa bater o atual campeão Mundial, Cruzeiro, para forçar a terceira e decisiva partida. Em caso de derrota, o título fica com a Raposa.

Confira a entrevista exclusiva do Diário de Uberlândia com Henrique Honorato:

Henrique, você viveu praticamente toda a sua vida em Uberlândia. Como é voltar à cidade e saber que pode ser campeão onde tudo começou? Passa um filme pela cabeça?

É um motivo de alegria, de muita honra, jogar uma final de Superliga aqui em Uberlândia. Mas claro que queria muito jogar na nossa arena em BH, mas por motivos maiores a gente não conseguiu. E eu estou feliz de poder voltar a Uberlândia, fazendo o que eu amo. Sei que terão muitas pessoas que eu gosto, que fizeram parte da minha história aqui e, com certeza, passa um filme na minha cabeça. Um filme de muita luta, entrega, abdicação de várias coisas para eu estar onde estou hoje. E a cidade foi esse palco onde cresci, evoluí, aprendi a minha base de voleibol, então estou muito feliz de poder retornar aqui e mostrar um Henrique mais evoluído no voleibol, e como pessoa também. Quando entrar em quadra vou sentir uma energia muito grande de todas essas pessoas.

Você foi revelado pelo Vôlei Uberlândia e teve sempre o apoio do seu pai, que, além de treinador, é ex-atleta no mesmo esporte. Como é jogar na Arena Sabiazinho sabendo que sua família está no ginásio te observando?

Fui revelado pela Academia do Vôlei, um projeto do meu pai (Manuel Honorato) e saber que eles estarão no ginásio será um motivo de muita gratidão. Estou muito feliz, com certeza, de poder fazer o que eu amo, com as pessoas que eu amo podendo prestigiar. Não só da minha família, mas amigos e pessoas próximas que fizeram parte do meu crescimento aqui em Uberlândia. Hoje mesmo encontrei várias pessoas no nosso treino no Sabiazinho. Vai ser muito legal. Vou estar feliz, mas um pouco ansioso no início do jogo, que é normal, com aquele friozinho na barriga, mas no decorrer da partida as coisas vão ficando mais tranquilas.

Você acredita que o voleibol mudou muito de 10 anos para cá? Como foi a sua passagem pelas categorias de base na cidade?

Acredito que o vôlei tem mudado ao longo do tempo. Mais forte, com mais velocidade e vai se adaptando, evoluindo. Hoje, as pessoas trabalham em cima da eficiência. Então muita coisa mudou. A forma de jogar voleibol mudou muito. Minha passagem pela categoria de base em Uberlândia foi muito boa. Foi onde eu aprendi os princípios básicos do vôlei. Onde aprendi a dar uma manchete, os fundamentos todos. É uma das cidades mais importantes na revelação de atletas de voleibol, porque tem essa fama, é um projeto muito bom. Não estou puxando sardinha porque é meu pai, mas o trabalho aqui é muito bom, propício a isso. Lembro que jogava muito aqui, vários campeonatos. Jogava o amador, que chama Copa Uberlândia, que tem pessoal adulto que jogou vôlei também, ex-atletas do meu pai, inclusive. E isso tudo influenciou tudo no meu crescimento, amadurecimento, no saber jogar o voleibol mais na prática mesmo, porque ficar só treinando não evolui. Por isso foi importante para o Henrique Honorato poder estar onde está hoje.

O voleibol de Minas Gerais está em evidência há alguns anos. Seja no masculino ou no feminino, os clubes que mais têm se destacado são Praia Clube, Minas e o Sada/Cruzeiro. A que você atribui o sucesso mineiro no voleibol nacional?

Atribuo esse sucesso de Minas a nível nacional o fato de o Sudeste sempre ser muito forte no voleibol. Infelizmente, nas outras regiões do Brasil não tem tanto investimento, tantos times. E acredito que os atletas acabam dando prioridade por jogar aqui em Minas, São Paulo, até no Rio de Janeiro já tiveram times fortíssimos.

Falando agora sobre a sua temporada e do Minas, você é um dos destaques da equipe e lidera os principais rankings da Superliga. Está entre os maiores pontuadores, é o segundo jogador da Liga com mais aces e ainda se destaca na recepção com 71% no índice de positividade. Como tem sido a sua evolução desde que chegou a Belo Horizonte?

Olhando para trás, desde que cheguei em BH, no time do Minas, devo essa evolução a equipe, que tem uma estrutura ótima. A comissão técnica sempre acreditou em mim. A multidisciplinar, a diretoria. Sempre confiaram muito no meu trabalho, e isso deixou o ambiente mais propício para minha evolução. Sou uma pessoa que procura crescer. Não gosto de ficar na zona de conforto. Procuro amadurecer, não só no meu jogo físico, mas no mental. Atribuo muito essa evolução no voleibol a essa mentalidade de querer ser melhor que o Henrique de ontem. É fruto de muito trabalho e dedicação, mas também de todo suporte que as pessoas me dão ali dentro. Tudo isso me deixa mais lúcido, mais pleno, para fazer o meu melhor no dia a dia. 

O primeiro jogo foi muito disputado e foi resolvido no tie-break. O que o Minas precisa fazer para sair com a vitória no sábado?

O primeiro jogo foi muito disputado. O time precisa fazer o simples. Sabemos que o Sada/Cruzeiro é uma grande equipe, atual campeão mundial. Dentro do jogo vão ter algumas oportunidades para a gente aproveitar. São poucas, mas temos que saber aproveitar. E isso passa muito pelos nossos contra-ataques que vão surgir durante a partida. Então, se a gente sacar bem, colocar o passe na mão do William para fazer a diferença, rodar o nosso side-out, fica mais para o contra-ataque. Acredito que vá passar por isso mesmo. Aproveitar as oportunidades que vão surgir e matar o jogo quando tivermos a oportunidade.
 

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