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14/01/2022 às 08h40min - Atualizada em 14/01/2022 às 08h40min

Mesmo com precipitações diárias, janeiro pode ter chuvas abaixo da média em Uberlândia, aponta climatologista

Previsão é de diminuição de precipitações na segunda quinzena do mês

SÍLVIO AZEVEDO
Inmet registrou cerca de 110 milímetros de chuva na cidade I Foto: ARQUIVO/DIÁRIO
Desde o início do ano, Uberlândia vem registrando pancadas de chuvas diárias. Mas, apesar das longas precipitações, o volume médio de chuva registrado até agora ainda não é considerado alto, de acordo com o climatologista Lanzoerques Gomes da Silva Junior.

Desde 1º de janeiro até feira (11), a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que fica no bairro Santa Mônica, registrou cerca de 110 milímetros de chuva. Para o climatologista Lanzoerques Gomes da Silva Junior, mesmo com chuvas todos os dias, desde 31 de dezembro, a quantidade de precipitações não é alta, já que em outros anos o volume foi maior no mesmo período.

Segundo ele, a partir do próximo sábado (15), as precipitações irão perder força, abrindo espaço para o sol. Ainda de acordo com o climatologista, a previsão é que a segunda quinzena de janeiro tenha poucas chuvas, fechando o mês com menos precipitações do que o esperado. A média histórica em janeiro é de 290 mm.

“Um sistema de bloqueio atmosférico que atua sobre o norte da Argentina, que é uma circulação do ar em altos níveis, a forma como ele gira inviabiliza a formação de nuvem. Com o tempo ele vai se deslocando pela América do Sul e esse bloqueio atuará na nossa região. Sendo assim, o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil ficarão bloqueados de umidade e chuvas”, explicou.

2022
Para o mês de fevereiro, o climatologista acredita que o volume de chuva deverá ficar na média esperada. “Até semana passada tinha um sinal de chuva muito ruim para fevereiro, mas o pessoal da Agência Espacial Americana (NASA), que solta os modelos climáticos, reavaliou a situação, que melhorou. Então a tendência é que fevereiro fique próximo da média, na região, em torno de 250mm”.

Para o ano de 2022, Lanzoerques disse que, inicialmente, tinha analisado um cenário climático que previa um panorama similar ao de 2021, com períodos mais secos e dias mais frios. Mas, devido à quantidade de chuvas que caíram entre dezembro e janeiro, neste ano poderá haver um inverno menos rigoroso.

“O risco de estiagem que tínhamos em fevereiro e nos próximos meses deu uma diminuída. Chovendo mais, o inverno tende a ser um pouco menos rigoroso, menos frente frias tão intensas”.

“Até sexta-feira (14) continuará nublado, com chuva até por volta de quinta-feira. O tempo vai abrindo aos poucos e começamos a migrar pra uma condição de pancadas de chuvas a tarde, característica de verão”.
Segundo Lanzoerques, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (Zacas) está atuando sobre a região desde segunda-feira passada (3), criando um corredor de umidade e fazendo com que o clima fique mais firme, com chuvas. Mas ela começa a perder força já nessa terça-feira.

“Hoje começa, em algumas partes do Triângulo, um pouco mais de Sol. Da cidade do Prata até Patos de Minas a zona continua atuando com mais intensidade. De Prata até o Pontal, o conjunto de nebulosidade será mais fraco, com mais Sol ao longo do dia e um pouco mais de pancadas. Esse cenário fica até quinta-feira (13)”, explicou.

De acordo com Lanzoerques, a partir de sábado, para os próximos 15 dias, a perspectiva é de chuvas abaixo da média e o fechamento do mês poderá ser de menos chuva do que o esperado devido à movimentação de um bloqueio atmosférico que atinge parte do continente.

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