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17/12/2021 às 14h11min - Atualizada em 17/12/2021 às 14h11min

​Com alta de 4,25% em novembro, gasolina puxa inflação em Uberlândia

Índice inflacionário de preços fecha o mês em 7,76%; alta acumulada em 12 meses é de 9,06%

DA REDAÇÃO
Alta no preço dos combustíveis foi líder do aumento da inflação em Uberlândia I Foto: Agência Brasil
Com uma alta de 4,25%, a gasolina foi a principal vilã dos consumidores e a principal responsável pelo aumento da inflação em Uberlândia no mês de novembro. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor de Uberlândia (IPC-CEPES), a cidade fechou o mês com um índice inflacionário de 7,76%, um crescimento de 0,37% se comparado a outubro. Junto com os combustíveis, alimentação, bebidas e despesas pessoais contribuíram para a alta.
 
Os dados foram disponibilizados nesta quinta-feira (16) pelo Centro de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU). O item combustíveis teve uma variação de 1,61% em novembro, com destaque para a gasolina, como explica o economista do Cepes, Henrique Barros.
 
“Em novembro, a alta só não foi maior porque tivemos a redução em outros itens analisados, mas, como a gasolina é algo necessário para a produção de serviços, o preço disparou e foi o maior destaque na pesquisa”, afirmou.
 
O segundo grupo responsável pelo aumento da inflação no município é o grupo de alimentação e bebidas, que apresentou variação de 0,38%. Mas, o destaque foram as bebidas, que registraram 2,92% de aumento.
 
“A abertura dos comércios e flexibilização de horário podem ser pontos fortes para esse aumento, já que agora a população precisa voltar a movimentar a economia que desde os últimos 18 meses sofrem alterações significativas, principalmente nos grupos de combustíveis, alimentação e agora são impactados pela energia elétrica”, explicou.
 
As despesas pessoais encabeçam o terceiro lugar da lista. De acordo com o economista ouvido pelo Diário, a reabertura de áreas ligadas ao lazer impulsionou o consumo e contribuiu para o aumento de 0,43% na procura por cinemas, bares, ingressos de boates e salões de beleza.
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QUEDA
Ainda de acordo com o economista, os itens que apresentaram movimentos de recuo nos preços foram vestuário (-1,34%), comunicação (-0,62%) e artigos para residência (-0,24%).
 
Contudo, o balanço registrou 0,67 ponto percentual abaixo da taxa registrada em outubro de 2021, de 1,04%. A inflação dos últimos 12 meses fecha em 9,06%.
 
PERSPECTIVA
Mesmo com os dados dos últimos meses, o cenário econômico de Uberlândia ainda é considerado incerto e sofre com diversos outros fatores externos e internacionais.
 
“Estamos em um processo inflacionário nos últimos 18 meses onde passamos por diversos choques de preços, principalmente combustíveis, alimentos, além da energia elétrica. Eles tendem a afetar diversos outros preços, pois são insumos de produção de bens e serviços. Ainda temos uma inflação presente e com sinal de recuo, e precisamos lidar com a incerteza do preço do câmbio”, destacou o economista Henrique Barros.
 
Mesmo nesse cenário municipal, até então controlado, a variante do covid-19, Ômicron, pode mudar o cenário global.  “A economia mundial parece que está se ajustando, em termos de cadeia de produção. Se isso vai se manter vai depender dos impactos dessa variante da covid-19, que impacta diretamente na economia de bens de serviço”, afirmou.

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