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12/12/2021 às 13h00min - Atualizada em 12/12/2021 às 13h00min

Habitação, combustível e alimentação puxam inflação em Uberlândia

Novo estudo feito pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia traz panorama dos preços no Município

GABRIELE LEÃO
Botijão de gás sofreu a maior alta, chegando a 35,01% | Foto: Agência Brasil
O Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU) divulgou a segunda edição do "Painel de Informações Municipais de Uberlândia - 2021: A covid-19 em Uberlândia". O trabalho analisou dados da pandemia no município até junho de 2021. Entre as temáticas, o estudo apontou o índice acumulado da inflação municipal e classificou os itens “Combustíveis (veículos)”, “Carnes” e “Combustíveis domésticos (botijão)” como os produtos que mais sofreram alta na cidade.

Um dos temas analisados pelo coordenador geral do CEPES, por Henrique Barros, foi a inflação do município durante a pandemia. O trabalho revelou que os grupos “Alimentação e bebidas”, “Habitação” e “Transportes” foram os grupos que mais contribuíram para a variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em 18 meses, que foi de 8,71%. 

Os três itens são responsáveis por quase 90% do resultado acumulado no período, especialmente por conta da dinâmica dos preços dos itens “Combustíveis (veículos)”, “Carnes” e “Combustíveis domésticos (botijão)”, que acumularam, em 18 meses, respectivamente, 22,78%, 29,30% e 35,01%.

A PESQUISA
O Painel de Informações Municipais chega à 11ª edição, sendo a segunda consecutiva com ênfase nos impactos gerados pela pandemia da covid-19. Segundo o coordenador do Cepes, o estudo traz dados demográficos, de mortalidade, sobre mercado de trabalho, crédito bancário e finanças municipais.

"Nesta nova publicação, as informações foram atualizadas e complementadas com a trajetória da pandemia até junho de 2021. A intenção é apreender com métricas e análises sistemáticas a realidade da cidade de Uberlândia a partir dos diversos temas abordados no estudo. Mas, vale ressaltar, que estamos vivemos um momento de muitas incertezas, inclusive com uma nova variante, mas essa computação pode trazer um parâmetro e linha de raciocínio ajude o município num futuro próximo”, explicou.  

O novo trabalho possui cerca de 240 páginas e foi dividido em seis capítulos, sendo eles: "Uberlândia-MG: estimativa populacional 2021, mortalidade e vacinação “ainda” na pandemia com o novo Coronavírus"; "Dinâmica do Crédito Bancário no Município de Uberlândia Frente à Coronacrise: a importância dos bancos públicos e da ação estatal"; "Crise da Covid-19: mercado de trabalho em perspectiva"; "Covid-19 e Inflação: Uma Análise da Trajetória dos Preços em Uberlândia (2020-2021)"; "Receitas Orçamentárias da Prefeitura Municipal de Uberlândia, no período de janeiro de 2017 a junho de 2021"; e "Painel das Finanças Públicas da Prefeitura Municipal de Uberlândia, uma análise das despesas e do endividamento (janeiro de 2017 - junho de 2021)".

O trabalho é assinado por 15 pesquisadores da equipe do Cepes: os economistas Alanna Santos de Oliveira, Carlos Henrique Cássia Fontes, Carlos José Diniz, Ester William Ferreira, Graciele de Fátima Sousa, Henrique Daniel Leite Barros Pereira, Henrique Ferreira de Souza, Luiz Bertolucci Júnior,  Pedro Henrique Martins Prado, Rick Humberto Naves Galdino, Tarcísio Fernandes de Paula e Welber Tomás de Oliveira; as alunas do curso de Relações Internacionais, Ana Clara Brambila Gibin Tenório e Marília Fabiano Roncato Sagula; e o analista de sistemas e cientista de dados Rodrigo Fernandes Gomes da Silva.

Outros detalhes da pesquisa podem ser conferidos no site do CEPES. 

 

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