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02/12/2021 às 10h45min - Atualizada em 02/12/2021 às 10h45min

Pelo menos 25% dos pais estão inadimplentes com escolas particulares em Uberlândia

Sindicato estima que a mensalidade fique entre 7% e 10% mais cara no ano que vem

MARIELLE MOURA
Processo de rematrícula ainda está lento, de acordo com sindicato I Foto: MEC/DIVULGAÇÃO
Cerca de 25% dos pais de alunos de escolas particulares de Uberlândia estão inadimplentes com as unidades este ano, de acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Triângulo Mineiro (SinepeTM). Aproximadamente 20 escolas privadas da cidade pararam de funcionar por falta de orçamento. Para continuar funcionando no próximo ano, algumas instituições podem realizar o reajuste das mensalidades, que deve variar entre 7% e 10%.
 
A presidente do SinepeTM, Átila Rodrigues, afirmou que o número de inadimplentes com as escolas está muito acima do registrado nos últimos anos. “É uma taxa muito alta de inadimplência nas escolas. A taxa suportável é de 5% e, em 2021, estamos com 25% dos pais inadimplentes. Esses pais que entram na estatística são aqueles que devem mais de dois meses”, disse.
 
De acordo com o sindicato, as escolas estão mantendo o sistema híbrido apenas nos casos específicos de professores ou alunos que tenham alguma comorbidade. O restante da comunidade escolar está em sistema presencial obrigatório seguindo as normas de segurança.
 
Ainda segundo a presidente do sindicato, a procura por rematrículas para 2022 ainda está baixa, já que o movimento de procura começa em meados de dezembro e aproximadamente 30% dos pais realizam a rematrícula somente em fevereiro com o início do ano letivo.
 
Átila afirmou que a situação é resultado de diversos fatores. “A nossa expectativa é que possamos recuperar pelo menos a metade da perda de 2021. Estamos com essa expectativa porque tem vários fatores que impactam: a crise econômica, o desemprego, a frequência, a transferência de alunos para escolas públicas e a própria evasão escolar”, explicou.
 
FECHAMENTOS
A presidente também contou para a reportagem do Diário de Uberlândia que das 186 escolas particulares existentes na cidade, aproximadamente 20 escolas pararam de funcionar durante a pandemia. “Muitas escolas deixaram de funcionar, mas ainda não deram baixa. Muitas escolas de educação infantil não têm nem como fazer o acerto dos funcionários, elas simplesmente suspenderam as atividades e dispensaram todos”, disse.
 
Ainda de acordo com o sindicato, o setor mais impactado é o da educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental, que são alunos que tiveram uma dificuldade maior em relação a implantação de aulas no modelo online.
 
“Além da dificuldade, tem muitas escolas pequenas que não tiveram condições de implantar o sistema online porque isso demanda uma parte técnica com muito mais custos”,afirmou.
 
REAJUSTES
Por fim, Átila Rodrigues informou que não existe um índice que seja utilizado como indicador para o reajuste das mensalidades nas escolas particulares, mas que o sindicato estima que as mensalidades vão ser reajustadas entre 7% e 10% no ano que vem.
 
“O que reajusta a mensalidade da escola é a planilha de custos dividido pelo número de alunos pagantes”, completou.

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