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19/11/2021 às 10h00min - Atualizada em 19/11/2021 às 10h00min

Pandemia reduz procura por exames preventivos de câncer de próstata em Uberlândia

Oncologista alerta sobre diagnóstico precoce que contribui para maior chance de cura e tratamento menos agressivo

MARIELLE MOURA
Homens procuram menos atendimento que mulheres, afirma oncologista I Foto: FHEMIG / DIVULGAÇÃO
O câncer de próstata foi responsável por aproximadamente 30% dos diagnósticos de câncer entre pessoas do sexo masculino em 2020, de acordo com o último levantamento publicado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). Segundo o oncologista, Glauco Silveira, durante a pandemia, a procura por exames preventivos diminuiu em Uberlândia.
 
De acordo com o último levantamento publicado pelo (INCA), para 2020 foram previstos 65.840 novos casos de câncer de próstata, o que representa 29,2% de todos os cânceres que atingem os homens. Desses casos, foi previsto que aproximadamente 15 mil evoluíram para óbito. Nessa mesma equação estão os tumores de Cólon e Reto (9,1%), Traqueia, Brônquio e Pulmão (7,9%), Estômago (5,9%) e Cavidade Oral (5%).
 
De acordo com o oncologista Glauco Silveira, apesar da boa informação, o receio e o tabu para realizar o exame preventivo ainda é um dos motivos para a baixa procura. Além disso, a pandemia também afetou os atendimentos, tanto de câncer de próstata quanto de outras doenças.
 
“Com a pandemia, as pessoas se afastaram muito da rotina de prevenção, ir ao médico e  fazer o rastreamento. É muito importante que os homens voltem a ir ao médico e coloquem os exames em dia”, disse.
 
O médico ainda reforçou sobre a importância de um diagnóstico precoce para tratamento mais rápido, menos agressivo ao paciente e com maiores chances de cura.“Os homens precisam tirar esse preconceito de ir ao médico e fazer os exames regularmente porque isso vai impactar em um diagnóstico precoce de alguma doença e, com isso, ter menores consequências para o paciente”, disse.
 
O aposentado Erezicthon Camargo de Gouvêa, de 75 anos, teve câncer de próstata há 12 anos e disse que o primeiro diagnóstico que teve foi de labirintite. “Me senti mal no Parque do Sabiá, tive uma tontura e o primeiro diagnóstico que tive foi de labirinto. Fui ao cardiologista e ele me pediu o exame PSA porque já estava com mais de 60 anos, ele me deu alta e fui informado que pela minha idade era normal”, comentou.
 
Após dois meses, ao consultar outra opinião médica, ele teve o diagnóstico de câncer de próstata e fez radioterapia por meses e conseguiu se curar da doença. Hoje, mais de 10 anos depois, ele falou que faz os exames regularmente de 1 em 1 ano e que nunca mais teve nenhuma alteração no exame.
 
“Depois que me curei comecei a fazer o acompanhamento de seis em seis meses, fiz esse procedimento até 2020. Hoje em dia, posso fazer de ano em ano, já que passou mais de 10 anos e não tive mais nenhum problema”, disse.
 
Por fim, Erezicthon comentou sobre a importância de procurar um médico e ter um diagnóstico precoce. “Quando fui diagnosticado eu tinha 63 anos e era muito difícil ir ao médico. Nunca fiquei doente, então eu não tinha costume de ir , mas hoje em dia faço todo ano os exames preventivos, tanto do câncer como o de colesterol, diabetes e glicose. Mesmo que não esteja sentindo nada tem que procurar o médico”, completou.

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