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05/11/2021 às 15h58min - Atualizada em 05/11/2021 às 15h58min

Oito mortos em confronto com a polícia em Varginha são de Uberlândia

Segundo a PM, quadrilha planejava assaltar instituições bancárias no sul de Minas, quando houve troca de tiros

DA REDAÇÃO
PM apreendeu cerca de 40 kg em explosivos e armas de grosso calibre I Foto: Divulgação/PMMG
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) identificou 25 corpos dos 26 homens envolvidos durante operação policial ocorrida em Varginha no último domingo (31). Dos mortos, oito eram de Uberlândia e tinham idades entre 20 e 37 anos. Outros quatro eram de Uberaba.

A identificação se deu através de exames datiloscópicos (impressão digital) e os corpos já liberados aos familiares. Os profissionais prosseguem com as tentativas para identificar o 26º morto.
 
Foram identificados Daniel Antônio de Freitas Oliveira, 35, Evandro José Pimenta Junior, 37, Gilberto de Jesus Dias, 29, Giuliano Silva Lopes, 32, José Rodrigo Dama Alves, 33, Pietro Henrique Silva da Fonseca, 20, Raphael Gonzaga Silva, 27 e Ricardo Gomes de Freitas, 34.

Com a liberação, alguns corpos começaram a ser velados em Uberlândia. A Polícia Militar acompanhou as cerimônias por precaução. A reportagem entrou em contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para saber mais informações sobre o núcleo da quadrilha em Uberlândia, mas as instituições afirmaram que não vão se pronunciar neste momento.
 
O Diário também procurou a Polícia Civil sobre o andamento das investigações, mas a instituição também afirmou que não pode dar mais informações sobre o andamento dos trabalhos. “Tão logo, os trabalhos de identificação sejam concluídos as informações serão repassadas à imprensa. O que a Polícia Civil tem a informar que 25 corpos foram identificados por meio de exames datiloscópicos (impressão digital), realizados pelo Instituto de Identificação da PCMG (16 laudos) e pela Polícia Federal (11 laudos), havendo emissão de parecer técnico das duas instituições. Além disso, todos os corpos identificados foram entregues aos familiares”, disse, por meio da assessoria de comunicação.
 
A OPERAÇÃO
Na madrugada do último domingo (31), agentes das polícias Militar (PM) e Rodoviária Federal (PRF) realizaram uma ação em dois sítios em Varginha, sul de Minas, para prender suspeitos de praticar assaltos a bancos e instituições financeiras, que estariam planejando atuar na cidade. Durante a ação, segundo a polícia, houve troca de tiros e os 26 homens foram mortos.
 
No local foram encontrados cerca de 40 kg em explosivos e armas de grosso calibre, inclusive um fuzil .50, metralhadora de uso exclusivo das Forças Armadas, que tem poder de abater um helicóptero, coletes à prova de balas, roupas camufladas e carregadores municiados, além de vários veículos roubados e “miguelitos” (objetos perfurantes feitos com pregos retorcidos usados para furar os pneus).
 
Segundo o Tenente-coronel Rodolfo César Morotti Fernandes, comandante do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PM, a ação ocorreu mediante um conjunto de informações divulgadas e que davam conta da possível atuação de uma grande quadrilha voltada na atuação de ataque a instituições financeiras.

“Como essa quadrilha costuma muitos integrantes, trabalhamos em integração. O BOPE buscou apoio do Grupo de Resposta Rápida (GRR-PRF) e equalizamos qual seria a estratégia para a abordagem de possíveis locais onde estariam esses infratores. Conseguimos lograr êxito em identificar esse sítio como o local onde estariam e, no momento da abordagem, fomos recebidos a tiros e os militares foram obrigados a revidar a injusta agressão para proteger a sua vida”, disse.
 
Mesmo com todos os suspeitos mortos, o militar afirmou que a operação foi um sucesso. “Acredito que o sucesso pela operação se ao passo em que uma grande ação criminosa, que poderia ter danos incalculáveis a cidade e às pessoas, foi respondida com ação integrada, precisa, onde nenhum policial ou civil inocente foi ferido”.
 
Ainda de acordo com o Ten. Cel. Rodolfo, a quadrilha deve ser a mesma que causou pânico durante assaltos em Criciúma (SC), em abril desse ano, Araçatuba (SP), em 30 de agosto, e Uberaba, em 2017.

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