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19/10/2021 às 18h37min - Atualizada em 19/10/2021 às 18h37min

Vendas de imóveis crescem 78% nos últimos 12 meses em Uberlândia

Imóveis de alto padrão conquistam população durante pandemia; empresa registrou lucro de R$60 milhões em quatro meses

DA REDAÇÃO
Setor Sul de Uberlândia está entre as regiões de maior investimentos de alto padrão | DIVULGAÇÃO
O setor imobiliário está aquecido em Uberlândia. Uma pesquisa recente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sinduscon-Tap) apontou que nos últimos 12 meses a cidade teve aumento de 78% em vendas de casas e apartamentos, se comparado a 2020. No município, as unidades de alto padrão apontaram aumento na procura e o setor deve se manter positivo até o final do ano, segundo empresários.

Ainda segundo o levantamento, em relação ao número de lançamentos de imóveis nos últimos 12 meses, o aumento registrado foi de 168%, passando de 2.625 unidades de casas e apartamentos para 7.037. Já as vendas, registraram 78% de aumento, passando de 5.126 para 9.288 unidades vendidas.

O presidente do Sinduscon-Tap, Efthymios Panayotes Emmanuel Tsatsakis disse que, apesar do aumento no preço dos materiais da construção e do cenário atual da pandemia, o mercado se manterá positivo.

“As expectativas são boas, pois há o desejo da compra, seja para moradia ou para investimento. O investidor vê com bons olhos esse mercado, tanto pela garantia do imóvel como pela valorização. Percebemos que houve uma migração de investimento do mercado financeiro para o mercado imobiliário”, comentou.

ALTO PADRÃO
Para o gerente comercial de uma construtora de luxo em Uberlândia, Gustavo Cavalcante, os imóveis de alto padrão têm aquecido mercado cada vez mais. Segundo ele, de junho até outubro foram mais de R$ 60 milhões em vendas.

“O primeiro semestre deste ano trouxe muita incerteza para o comprador, por causa das medidas restritivas e aumento dos casos da Covid-19. Mas, com a vacinação e oportunidades de investimentos, o cliente está em busca de negócios mais vantajosos. Além disso, agora temos mais opções de financiamento e pagamento para esses imóveis, o que traz mais segurança para a compra”, explicou.
Ainda de acordo com Gustavo Cavalcante, a valorização dos imóveis, que estão localizados no setor sul da cidade, atrai mais os investidores. “A pandemia gerou a vontade de morar bem, o que agregou valor aos imóveis de alto padrão”.

SETOR RURAL
O setor urbano não é o único com grande procura e oferta no município. O corretor de imóveis e empresário, Sadann Mendes investia em compra e revendas de imóveis populares, mas com a intensa procura no mercado de luxo e rural, optou por mudar de nicho.

“Uberlândia tem recebido diversas empresas no setor de agronegócio que demandam a procura por casas e apartamentos de luxo, principalmente para aluguel. Com essa expansão, incorporadoras e empresários estão enfrentando dificuldades em conseguir comprar lotes e até apartamentos de luxo na cidade. E no ramo imobiliário, se a área urbana está em alta, o setor rural está duas vezes mais aquecido. Temos o dobro de pessoas interessadas em chácaras, fazendas e lotes, mas faltam imóveis disponíveis”, comentou.

PESQUISA DE MERCADO
Cerca de 40% das famílias brasileiras anseiam por comprar um imóvel e 10% estão à procura ativamente. Esses são dados de uma pesquisa divulgada pela Brain Inteligência Estratégica sobre a intenção de compra de imóveis. O estudo ouviu 1.200 pessoas em 162 cidades brasileiras.

Segundo Fábio Tadeu Araújo, sócio dirigente Brain Inteligência Estratégica, a pandemia impulsionou o mercado de forma positiva e essa constância deve continuar, mesmo com o aumento da inflação e juros.

“A demanda está se mantendo estável há seis meses e o dado mais importante são dos 10% das famílias que estão ativas em busca do imóvel. Elas já saíram do desejo e estão atrás da oportunidade de comprar. Se parar para analisar, são mais de 7 milhões de famílias brasileiras querendo conquistar a casa própria”, comentou.

Ainda de acordo com Fábio Tadeu, o perfil do comprador é bem definido. 45% procuram um imóvel por motivos de relacionamentos ou desejo de sair da casa dos pais, outros 25% estão em busca de um upgrade de imóvel. Já 20% estão em busca de investimentos e 5% querem imóveis de lazer ou buscam por outros motivos.



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