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09/09/2021 às 15h05min - Atualizada em 09/09/2021 às 15h05min

Aplicação da 3ª dose para idosos e imunossuprimidos deve começar dia 15 em Uberlândia

Informação foi confirmada por membro do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19; Prefeitura aguarda chegada de novas doses das vacinas

GABRIELE LEÃO
Terceira dose será feita com as vacinas Pfizer e AstraZeneca | PMU/DIVULGAÇÃO
A terceira dose da vacina contra a Covid-19 deve começar no próximo dia 15 de setembro em Uberlândia. O município, segundo o membro do Comitê Municipal de Enfrentamento da Covid-19 e infectologista, Marcelo Simão, irá acompanhar o calendário do Ministério da Saúde e imunizar o público acima de 70 anos e imunossuprimidos. A Prefeitura de Uberlândia informou que aguarda o envio de novas doses das vacinas, por parte do Governo de Minas, para estabelecer um cronograma e iniciar a aplicação da dose extra no público. 

A Prefeitura de Uberlândia ainda não informou como irão funcionar as chamadas para a nova dose ou se haverá um novo cadastramento. 

Cerca de 94,27% da população, com até 18 anos, está vacinada com a primeira dose e 45% com a segunda dose. Foram mais de 700 mil doses aplicadas desde janeiro deste ano.

No próximo dia 15 de setembro, está previsto o início da vacinação da terceira dose contra a Covid-19 para idosos com mais de 70 anos que tenham se imunizado com a segunda dose há pelo menos seis meses. A aplicação, com imunizantes da Pfizer ou AstraZeneca, nos idosos seguirá ordem cronológica, do mais velho para o novo.

As pessoas imunossuprimidas, com câncer ou transplantadas, por exemplo, têm direito à terceira dose se tiverem se vacinado com a segunda dose há pelo menos 28 dias.

MORTES
Em agosto, Uberlândia registrou 226 mortes causadas por Covid-19. O mês começou com 100% das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) destinados à Covid-19 ocupadas e teve uma média de 7 mortes diárias. Segundo as informações oferecidas por Marcelo Simão, nos últimos 15 dias, a cidade registrou queda de 50% nas internações das Unidades de Tratamento Intensivos (UTIs) e média de óbitos diários caiu para três. 

“Já não temos quase nenhuma medida restritiva ativa e com a vacinação e flexibilização das atividades, o número de infectados e mortes tem sido menor. Mas, só vamos ter total controle da pandemia quando mais de 80% das pessoas forem imunizadas, com as duas doses”, comentou o infectologista.

Segundo o infectologista da Fiocruz, Rafael Resende, essa redução do número de casos e mortes tem acompanhado um cenário nacional e não há dúvidas que isso é um oferecimento da vacinação.
“O relatório da Fiocruz apontou que aumentou a disponibilidade de vacinas e uma vez que temos mais imunizantes a diminuição de mortes e internações é perceptível. Mas, ainda lidamos com uma grande dificuldade que é a cepa Delta, porém, existem dados que comprovam que todas as vacinas atuam contra a variante”, comentou.

Rafael Resende ainda comentou da importância da vacinação para idosos e imunossuprimidos. “Naturalmente, esse grupo perde a capacidade de proteção com o passar dos meses. Em seis meses, essa resistência fica reduzida e com a terceira dose ela pode ser recuperada. Caso esse grupo não seja vacinado, podemos esperar um aumento significativo nos números de casos e mortes em pouco tempo”, completou.

VACINAÇÃO EM ADOLESCENTES
O membro do Comitê Municipal de Enfrentamento da Covid-19, Marcelo Simão disse que em uma reunião interna, realizada nesta quarta-feira (8), a vacinação em adolescentes foi questionada. Segundo ele, até o momento não há previsão de aumento da faixa etária para a imunização.

“Na minha opinião, é mais importante vacinar os profissionais da saúde que foram vacinados em janeiro e idosos a partir de 60 anos. Depois da terceira dose e com a chegada de mais vacinas, o município pode começar a pensar em ampliar a vacinação”, comentou.

NO BRASIL
As mortes por Covid-19 no Brasil, mais uma vez, atingiram o menor patamar no ano de 2021, segundo a média móvel de sete dias divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na última segunda-feira (6), foi registrada uma média diária de 617 óbitos, o menor nível desde 28 de dezembro de 2020 (611 mortes). 

*Matéria atualizada às 16h46, desta quinta-feira (9), para acréscimo de informação. 


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