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28/10/2020 às 14h49min - Atualizada em 28/10/2020 às 16h40min

Escolas particulares reivindicam retorno de atividades

Representantes de instituições cobram posição do Município sobre retomada do setor

DHIEGO BORGES
Manifestantes se reuniram em frente ao prédio da Prefeitura | Foto: Luciana Lopes/Divulgação

Vestidos de preto, representantes de escolas particulares de educação infantil e profissionais ligados ao setor promoveram na tarde desta quarta-feira (28) uma manifestação pacífica em Uberlândia. A categoria reivindica uma data para o retorno das atividades extracurriculares na rede particular de ensino, alegando que o setor deve ser considerado pelo Município como um serviço essencial.

A manifestação foi iniciada por volta das 13h, no bairro Bom Jesus, com uma carreata que seguiu até a Praça Cívica da Prefeitura de Uberlândia, onde os manifestantes se reuniram.

Em frente ao prédio do Executivo, os profissionais levantaram cartazes com dizeres como “a educação infantil deve ser mais importante que a diversão dos adultos”; “quantas escolas precisam fechar para sermos ouvidos”; “as escolas infantis estão morrendo” e gritaram palavras de ordem.

Segundo a organização, o impacto da paralisação das atividades, que dura praticamente sete meses, afeta cerca de 100 instituições privadas de ensino infantil na cidade e coloca em risco o emprego de dois mil profissionais ligados ao setor.

Em entrevista ao Diário, uma das organizadoras do movimento e diretora de uma das escolas Marielly Lopes destacou que o movimento deu entrada a um documento na Prefeitura, no fim de setembro, com um protocolo de medidas de segurança sugeridas pelos profissionais, mas até então não obteve resposta do Executivo. O documento também foi entregue a quatro vereadores na Câmara para elaboração de um projeto de lei, com o objetivo de incluir a atividade como essencial.

Um dos argumentos utilizados pelo movimento é a flexibilização recente dada a outras atividades no Município, como em bares e restaurantes. “A ideia era sermos ouvidos em relação a tudo que está acontecendo, que eles nos atendessem e dessem andamento a um documento que protocolamos. A gente quer uma posição, pois a questão não é a retomada das aulas, e sim abrir as escolas para atendimento essencial, porque os pais precisam trabalhar e não têm com quem deixar os filhos no contraturno. Os clubes e bares estão abertos, enquanto isso as crianças estão ficando em lugares clandestinos, então a preocupação com a saúde está isenta”, destacou Marielly.

Luciana Lopes de Oliveira, que é proprietária de uma das escolas particulares que estão paralisadas, destacou o impacto para a categoria. “Praticamente todas as escolas estão utilizando do recurso do governo, mas isso vai acabar agora em dezembro e nós não temos a perspectiva de quando vamos voltar. A grande maioria dos pais está trabalhando e eles não têm onde deixar as crianças. Somente a minha escola tem mais de 20 profissionais parados, então a nossa briga é por sobrevivência. Entendemos qual o nosso papel e temos um plano de ação para que o retorno aconteça de uma forma segura”, afirmou Luciana.

No fim do movimento, por volta das 15h30, um assessor ligado ao gabinete do prefeito Odelmo Leão disse aos manifestantes que um espaço será aberto na reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 para a apresentação das reivindicações do setor. A data, no entanto, ainda não foi confirmada.


O Diário de Uberlândia solicitou um posicionamento da Prefeitura de Uberlândia que, por meio de nota, informou “que está em vigor a liminar do TJMG que não permite o retorno das aulas presenciais em instituições privadas de Minas Gerais. Ressalta, ainda, que o Núcleo Estratégico do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19 está sempre com os canais de comunicação abertos com os representantes de todas as áreas que solicitarem e que irá agendar uma reunião com os membros da classe para ouvi-los em discussão”.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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