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20/04/2020 às 15h49min - Atualizada em 20/04/2020 às 15h49min

​Jovem é socorrida após ser picada por escorpião-amarelo em Uberlândia

Ocorrência foi registrada no bairro Osvaldo Rezende neste domingo (19); CCZ orienta sobre cuidados e atendimento a vítimas

CAROLINE ALEIXO
Escorpião-amarelo é mais comum em Uberlândia e se adaptou a ambientes como rede de esgoto | Foto: MS/Divulgação
Uma moradora do bairro Osvaldo Rezende, em Uberlândia, foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros após ser picada por um escorpião-amarelo dentro de casa. O acidente foi registrado neste domingo (19) na rua Irene Rosa. 

Segundo as informações dos militares, a vítima tem 19 anos e estava consciente e orientada. Ela relatou que estava sentada na cama de um dos quartos quando sentiu uma dor na perna e constatou que havia sido picada pelo animal peçonhento. 

A equipe dos bombeiros foi acionada e, ao chegar no local, encontrou a jovem com um sinal de vermelhidão na parte posterior da perna esquerda. Os sinais vitais foram analisados e a vítima levada até a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Roosevelt. Ela já recebeu alta e passa bem, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. 

Os bombeiros já registraram pelo menos outros três acidentes com escorpiões em Uberlândia neste ano. Duas ocorrências foram no bairro Brasil e no Centro da cidade, com vítimas de 24 e 35 anos, e uma terceira na zona rural com um homem de 40 anos. 

Em caso de picada, o que fazer?
A coordenação do programa municipal de animais peçonhentos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) orienta que, em caso de picadas de escorpião, o paciente procure diretamente o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), que é a unidade de referência para esses atendimentos, para ser medicado com o soro antiescorpiônico. 

Mas se pessoa procurar uma UAI, porque é mais próxima de casa, receberá o atendimento normalmente e poderá ser transferida em caso de gravidade do quadro. As pessoas com maior vulnerabilidade aos efeitos do veneno do escorpião são crianças de até 7 anos de idade e idosos. 

Acionamento do CCZ e prevenção
De acordo com a coordenadora do programa, Juliana Junqueira, também é importante informar ao CCZ sobre a ocorrência para recolhimento do animal e orientação aos moradores da região. “Não tem problema se o morador quiser matar o escorpião desde que com segurança, sem contato direto com o animal. Ou ele pode colocá-lo em um recipiente e chamar a equipe para realizar a visita. O mesmo vale caso ela não tenha conseguido capturá-lo”, comentou.

Juliana ainda ressaltou que o CCZ segue as recomendações do Ministério da Saúde e não utiliza substância química para combater escorpiões em virtude da reação do animal, que ataca por defesa ao se sentir ameaçado no ambiente. O que as equipes adotam são medidas de manejo ambiental para impedir que os animais entrem dentro das residências. 

Entre as orientações estão limpeza de quintais, terrenos baldios e cômodos que tenham materiais acumulados, além de vedação de ralos com telas de PVC. Isso porque essa espécie de escorpião costuma acessar geralmente as casas por meio da rede de esgoto, principalmente nas regiões centrais de Uberlândia.

 
“O escorpião-amarelo se adaptou muito a esses ambientes na rede de esgoto. A região central tem uma rede de esgoto e construções mais antigas, que acabam favorecendo a proliferação de escorpiões. Então geralmente temos um maior número de ocorrências por esses bairros, nem tanto de acidente, mas de encontrar mesmo o escorpião. Por isso os cuidados são muito importantes”, destacou a coordenadora. 


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