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17/02/2020 às 19h44min - Atualizada em 17/02/2020 às 22h21min

Vereador com 736 votos é eleito presidente da Câmara de Uberlândia

Chapa única foi apresentada durante sessão extraordinária nesta segunda (17); Wilson Pinheiro e outros dois recém-empossados compõem a mesa diretora

CAROLINE ALEIXO E BRUNA MERLIN
Ronaldo Tannús é o segundo suplente de Roger Dantas e liderou a chapa "Transformação" | Foto: Caroline Aleixo

A Câmara Municipal de Uberlândia elegeu a nova composição da mesa diretora durante sessão extraordinária na noite desta segunda-feira (17). A chapa única inscrita foi encabeçada pelo vereador Ronaldo Tannús (MDB), segundo suplente de Roger Dantas, que obteve 736 votos nas últimas eleições municipais.

 

A votação começou por volta das 19h10 e teve caráter de urgência devido a uma determinação do juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias da comarca de Uberlândia, Rowilson Gomes Garcia, para a realização imediata de nova eleição para compor a mesa diretora da Casa que era composta somente pelo vereador Wilson Pinheiro (PP). A decisão liminar acatou pedido feito em mandado de segurança impetrado por três vereadores, Thiago Fernandes, Walquir Amaral e Michele Bretas, na última sexta-feira (14).

 

A chapa liderada por Tannús e denominada de “Transformação” teve 17 votos favoráveis, seis contra e três abstenções. Ela é composta por outros cinco vereadores, Antônio Carrijo (PSDB) como 1º vice-presidente, Wilson Pinheiro como 2º vice-presidente, Pastor Átila Carvalho (PP) como 3º vice-presidente, Sérgio do Bom Preço (PSB) como 1º secretário e ordenador de despesas e Sargento Ednaldo (PP) como 2º secretário. Após a votação, foi realizada a sessão de posse dos seis membros da mesa diretora.

Novo presidente prega independência da mesa diretora
Inicialmente quem disputaria as eleições como presidente da chapa era o vereador Antônio Carrijo, que abriu mão para o colega Tannus. “As reuniões ocorriam há muito tempo, mas não tinha nada decidido. Foram feitas várias composições, tentamos compor chapa mista com todos os envolvidos, inclusive abrindo mão de cargos e no fim houve consenso e eu vim como presidente convidado pela maioria dos vereadores”, comentou o novo presidente da Casa em entrevista à imprensa. Ronaldo ainda pregou uma gestão transparente e independente com diálogo aberto com os vereadores de oposição. 

 

Pastor Átila, Wilson Pinheiro, Antônio Carrijo, Ronaldo Tannús, Sérgio do Bom Preço e Sargento Ednaldo compõem a nova mesa | Foto: Caroline Aleixo


Ronaldo César Vilela Tannús tem 37 anos e é formado em publicidade e propaganda pela Faculdade Esamc em 2004. Tannús é o segundo suplente do ex-vereador Roger Dantas que renunciou ao cargo após acordo com o Ministério Público Estadual (MPE) durante as investigações da operação Má Impressão. 

Esse é o primeiro mandato do vereador, que assume a Casa Legislativa em um momento delicado após a prisão e afastamento da maioria dos vereadores, inclusive de todos os membros da antiga mesa diretora. Como atual presidente da Casa e diante a eventual afastamento do prefeito Odelmo Leão e o vice Paulo Sérgio, Tannús é quem ficaria à frente do Poder Executivo na linha de sucessão. 

Questionado sobre o desafio de assumir a presidência e o número de votos recebidos, o vereador respondeu estar tranquilo. 

“Estou muito feliz e acredito que vou ter várias pessoas para me ajudar. Vou ler a Lei Orgânica do Município e vou me preparar para isso. A quantidade de votos não interessa, mas sim o trabalho que eu vou fazer daqui para frente para o povo de Uberlândia”, finalizou o presidente. 


Segunda chapa
Na outra chapa que estava sendo montada, Adriano Zago figurava como presidente e ainda comporia com Michele Bretas e Thiago Fernandes. Mesmo após diversas conversas e negociações nos bastidores, não houve acordo para fechar a chapa com seis membros. Zago chegou a falar na tribuna que Tannús havia dado a palavra de que o apoiaria e que no fim não foi leal.

"Não existia nenhum acordo, tanto é que a chapa foi registrada às 17h. Nós passamos o dia todo conversando e houve várias suposições e no final resolvemos por essa chapa, comigo na presidência", respondeu Ronaldo. 

Procuradoria pretende anular eleição
Embora a chapa esteja devidamente eleita mediante ordem judicial concedida nesta manhã, pode ser que a eleição seja invalidada. Isso porque a Procuradoria-Geral da Câmara entrou com novos recursos na Justiça para tentar derrubar a liminar.

Ainda nesta tarde, a procuradora Aline Ribeiro entrou com embargos de declaração para anular a decisão do juiz da comarca, uma vez que não houve renúncia de nenhum dos antigos membros conforme citado na decisão. O pedido, no entanto, foi rejeitado.

O então presidente Wilson Pinheiro disse que foi impetrado um agravo de instrumento ainda nesta segunda, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

“Nós enquanto presidente da mesa temos que fazer a defesa. Então foi feito o embargo de declaração e um agravo também porque entendemos que tinha alguns equívocos na decisão que nós cumprimos, mas que ainda pode ser revista se o Tribunal entender que não se podia fazer a eleição”, disse Pinheiro. 








 

 






 

 

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