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02/12/2019 às 08h10min - Atualizada em 02/12/2019 às 08h10min

Bairro Santa Luzia deu início às obras de moradia popular em escala industrial

PUBLI EDITORIAL
O prefeito Virgílio Galassi durante a inauguração do Parque Municipal Santa Luzia | FotO: Arquivo Pessoal
A área do bairro Santa Luzia, na zona sul de Uberlândia, já havia sido parcialmente loteada, quando a Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab-MG) a comprou e aprovou um novo loteamento em novembro de 1979, em uma tentativa de oferecer moradia, principalmente para famílias de baixa renda de Uberlândia. Alguns terrenos pertenciam à Mogi Empreendimentos Imobiliários S/A e o restante fazia parte da fazenda da empresa Agroman. A iniciativa resultou em um conjunto habitacional de 438.921, 94 m² e 799 casas populares, lançado em 1981.

Este período foi marcado, segundo o historiador Oscar Virgílio Pereira, pelo início da construção de moradias populares em escala industrial na cidade. Tanto que, um ano antes de se lançar o Santa Luzia, a Cohab lançou também, em 1980, o Conjunto Habitacional Luizote de Freitas 1, aprovado em 1978, com 1.854 casas. Para a festa, vieram várias autoridades, entre elas o então presidente da república, o general João Batista Figueiredo, e o govenador de Minas Gerais, Francelino Pereira.  Tanto no Luizote quanto no Santa Luzia, as casas eram lançadas à venda por preços subsidiados pela Prefeitura, na época administrada por Virgílio Galassi. Só durante esta segunda gestão do ex-prefeito, foram construídas 8.110 casas populares.

O jornalista e primeiro morador do Conjunto Habitacional Santa Luzia, Irineu Castanheira, conta que com a criação da Associação de Moradores,  em 1983,  em menos de 10 anos após o término das construções populares, a comunidade já tinha creche, escola municipal e estadual, poliesportivo, clube de futebol e o projeto O Meio Ambiente Somos Nós, idealizado por ele e o advogado José Pereira de Carvalho. A iniciativa resultou, em 1997, na criação do Parque Municipal Santa Luzia, uma área verde de 26,8 hectares aberta à visitação.

“Foi por causa desse projeto que conseguimos mobilizar o município sobre a importância da preservação da nascente do córrego Lagoinha. Conseguimos o fechamento com alambrado de toda área verde e a criação do Parque Santa Luzia pelo poder público”, explica o jornalista, que ainda criou o jornal “A Voz do Povo”, em março de 1990, com notícias do Santa Luzia e tem a intenção de lançar uma revista e um livro sobre o bairro.

Entre as histórias contadas pelo jornalista, está a construção, em 1992, do Terminal Genésio de Melo Pereira, em homenagem ao empresário, engenheiro civil e sócio fundador do Grupo Carferpe, hoje Carpe, proprietário da loteadorITV Urbanismo e falecido dois anos mais tarde. O Terminal Santa Luzia, como é chamado pela população, veio primeiro do que o Terminal Central, inaugurado em 1997, e foi totalmente reestruturado em 2015. A estrutura de transporte público foi um marco na cidade, pela melhoria dos acessos aos novos bairros e à Universidade Federal de Uberlândia (UFU).



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