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25/11/2019 às 15h42min - Atualizada em 25/11/2019 às 17h57min

Prefeitura de Uberlândia exonera William Alvorada após recomendação do Gaeco

Ex-vereador tinha cargo comissionado na Secretaria de Meio Ambiente; exoneração ocorreu poucas horas após protocolo do ofício

CAROLINE ALEIXO
Ofício foi enviado à Procuradoria do Município nesta tarde (25) | Foto: PMU/Divulgação
O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), recomendou ao prefeito Odelmo Leão a exoneração do servidor William José da Silva, o William Alvorada. Na última sexta-feira, o Diário procurou o Município para se manifestar sobre a situação do servidor que celebrou acordo com o MPE. Contudo, não houve resposta. A reportagem procurou novamente a Prefeitura e, por volta das 17h10, foi informada a exoneração conforme decreto publicado no Diário Oficial do Município desta segunda. 

ex-vereador confessou desvios de verba indenizatória durante depoimento no âmbito da Operação O Poderoso Chefão na última semana e vai ressarcir os cofres da Câmara Municipal de Uberlândia. Ele ocupava, atualmente, cargo comissionado na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos com vencimentos de R$ 4.359,70 ao mês. Segundo os dados contidos no Portal da Transparência, o servidor era coordenador do Núcleo de Capina, Roçagem e Varrição da Prefeitura de Uberlândia.

No ofício enviado à Procuradoria-Geral do Município, por volta das 14h desta segunda-feira (25), os promotores do Justiça do Gaeco recomendaram a exoneração justificando incompatibilidade entre a prática de desvio de recursos públicos assumida pelo investigado e o cargo ocupado pelo servidor “uma vez que toda função pública deve ser exercida por agente que goze de idoneidade moral e de reputação ilibada”. 

Foi dado o prazo de dois dias a partir do recebimento do documento para adoção de medidas para atender a recomendação.
Caso o pedido não fosse atendido, o Ministério Público poderia abrir procedimento para apurar eventual ato de improbidade administrativa. 

O ex-vereador assinou um acordo de não-persecução penal perante o Ministério Público, se comprometendo a devolver os R$ 23,4 mil que desviou de verba indenizatória.  Acrescido de correção monetária, o montante chega a R$ 34.309,73, que deverá ser pago de forma parcelada.

O acordo extrajudicial permite que o investigado deixe de responder ao processo criminal, porém só pode ser celebrado apenas quando a pena mínima do crime cometido não ultrapassa quatro anos, nem que seja praticado mediante violência ou grave ameaça. Em contato com o Diário, Alvorada reconheceu ter falhado ao contratar um fornecedor sem checar as informações. “Foi uma falha não ter conhecido a gráfica antes, um erro da minha parte. Não ter checado, vai servir como exemplo”, disse.


CONVOCAÇÃO DE SUPLENTES
A convocação imediata de suplentes de Pinheiro e Nogueira foi solicitada, por meio de ofício encaminhado ainda nesta tarde (25) ao presidente Baiano, pelos vereadores Adriano Zago (MDB), Vico (Cidadania), Jussara Matsuda (PSB), Michele Bretas (Avante), Silésio Miranda (PT), Paulo César PC (SD), Walquir (SD) e Thiago Fernandes (PRP), que compõem o bloco de oposição “Muda Uberlândia”.

No texto, os parlamentares pedem que o presidente da Casa reveja a ideia de fazer as convocações somente em dezembro alegando, dentre outros motivos, que a ausência dos parlamentares “traz prejuízos à rotineira e diária fiscalização dos trabalhos do Poder Executivo”. 

Uma cópia do ofício também foi protocolada pela bloco no MPE para ciência do pedido. 




 

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