A renúncia deve ser publicada no Diário Oficial do Legislativo somente na segunda-feira (24) | Foto: CMU/Divulgação
O vereador Ismar Prado protocolou o pedido de renúncia ao cargo na manhã desta sexta-feira (22), atendendo ao acordo de não-persecução penal feito com o Ministério Público Estadual (MPE) na quinta-feira (21). Prado assumiu ter desviado dinheiro da verba indenizatória entre os anos de 2016 e 2018, utilizando notas da empresa Ideal Assessoria e Serviços, apontada como de fachada nas investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia.
Além de renunciar, Ismar deverá devolver a quantia desviada, R$ 93.480, acrescido de correção monetária aumenta o valor para R$ 129.317, 54. Em contato com a defesa do vereador Ismar Prado, ficou confirmada a protocolização da renúncia. O documento foi encaminhado, junto à petição, ao Ministério Público Estadual conforme acordado.
A renúncia de Ismar Prado (PMB) deve ser publicada no Diário Oficial do Legislativo somente na segunda-feira (25), pois o despacho precisa ser assinado pelo presidente da Câmara Municipal, Hélio Ferraz-Baiano (PSDB), que passou os últimos dois dias em Belo Horizonte.
Carta de renúncia foi protocolada na manhã desta sexta-feira (22) | Foto: Divulgação
No fim da tarde desta sexta, os vereadores receberam um documento da Câmara Municipal convocando para uma reunião especial na segunda-feira (25) para tratar sobre a renúncia do vereador Ismar Prado.
SUPLENTE Com a renúncia de Ismar Prado, quem deve assumir a vaga de vereador é o advogado Marcelo Cunha (PPL), primeiro suplente da coligação PMB/ PT do B/ DEM/ PRTB/ PPL. Atualmente ele trabalha como assessor parlamentar do gabinete de Prado.
O Diário de Uberlândia entrou em contato com Marcelo Cunha, que preferiu não se manifestar sobre o assunto no momento. O advogado tentou uma vaga no Legislativo em três oportunidades, 2004, 2008 e 2016, quando alcançou 1002 votos.
Marcelo Cunha (PPL) deve ser empossado na primeira sessão ordinária de dezembro juntamente com Leandro Neves (PSD) e Sargento Ednaldo (PP), suplentes de Alexandre Nogueira (PSD) e Wilson Pinheiro (PP), respectivamente, que foram presos na operação O Poderoso Chefão.
WILLIAM ALVORADA Já o ex-vereador William José da Silva, o William Alvorada, que atualmente trabalha na Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, também assinou um acordo de não-persecução penal, se comprometendo a devolver os R$ 23,4 mil que desviou de verba indenizatória, acrescidos de correção monetária.
O Diário de Uberlândia entrou em contato com a Prefeitura de Uberlândia para saber da situação de William, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.