Engenheira foi encaminhada para a Delegacia de Plantão da Polícia Civil e, posteriormente, seria levada para o Presídio Professor Jacy de Assis | Foto: Reprodução/Internet
A prisão ocorreu por volta das 22h59, na avenida João Naves de Ávila. De acordo com a ocorrência registrada pela Polícia Militar (PM), Regilda foi encontrada pelos militares dentro de um carro estacionado na via em atitude suspeita. A engenheira foi encaminhada para a Delegacia de Plantão da Polícia Civil e, posteriormente, seria levada para o Presídio Professor Jacy de Assis.
Após a decretação da prisão, o Diário recebeu a informação de que o mandado de prisão preventiva seria cumprido em uma academia da cidade, na última quinta-feira (14). Contudo, ela não foi encontrada no local e já era considerada foragida. A reportagem não localizou a defesa da mesma para se manifestar sobre a situação.
Siqueira é investigada junto ao arquiteto Guilherme Mota por oferecer serviços de consultoria e facilitação de aprovação de processo a grandes companhias do ramo da construção civil através da empresa RCS Empreendimentos e Consultoria LTDA, usando outros profissionais como laranjas para assinarem os projetos. Ao menos quatro já foram identificados, até o momento, e também responderão pelos crimes de falsidade ideológica. A denúncia foi noticiada pelo Fantástico no dia 10 de novembro.
Segundo apurado, foram movimentados mais de R$ 15 milhões, conforme indicado com a quebra do sigilo bancário de Regilda Siqueira. Além da engenheira e do arquiteto, foram denunciados os ex-servidores da Seplan Débora de Araújo e Moisés de Lima. As investigações apontam que os esquemas tiveram início em 2015, durante a gestão de Gilmar Machado (PT), e encerram em 2018, já sob a gestão de Odelmo Leão (PP).
Diante das denúncias, uma recomendação do MPE foi feita ao município para que os processos administrativos de loteamento e incorporação de imóveis sejam publicados no portal da transparência para que não haja aceleramento de projetos e que a ordem de chegada seja respeitada.
INVESTIGAÇÕES Os promotores não informaram quais são as construtoras envolvidas no esquema e quantas fizeram parte pagando de propina aos servidores. A reportagem do Fantástico citou o quantitativo de pelo menos 74 empresas. Segundo o MPE, as audiências para eventuais acordos de leniência com as construtoras investigadas começarão a ser feitas a partir da próxima quinta-feira (21), com a Elglobal, a fim de contribuir com os trabalhos de apuração.
Em relação ao arquiteto Guilherme Mota ainda não foi pedido a decretação da prisão do mesmo. Ainda de acordo com o MPE, as investigações continuam para identificar outras pessoas envolvidas no esquema.