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05/09/2019 às 07h51min - Atualizada em 05/09/2019 às 07h51min

Gal Costa se apresenta nesta quinta-feira (5) em Uberlândia

Quarteto uberlandense abre show no Palácio de Cristal

ADREANA OLIVEIRA
Gal Costa traz todo seu talento esta noite a Uberlândia | Foto: Marcos Hermes/Divulgação

Gal Costa nunca teve um plano B: ou era a música, ou era a música. Sorte nossa que o sonho se tornou uma realidade e prestes a completar 74 anos (em 26 de setembro), com mais de 50 deles dedicados à música, essa baiana continua a compartilhar sua voz com o mundo. Na noite desta quinta (5), o Palácio de Cristal a recebe com o show da turnê “A pele do futuro”, nome de seu quadragésimo álbum, que foi lançado no ano passado.

E “A pele do futuro” é não só o presente de Gal como também mais um presente para seus fãs e para os apreciadores da boa música. “As pessoas têm adorado o show. Por onde a gente passa é casa cheia, está um sucesso incrível e para mim é algo muito prazeroso estar nessa turnê”, disse a cantora, em entrevista ao Diário de Uberlândia no final da tarde de segunda-feira (2).

Gal já esteve por aqui, não se recorda exatamente o ano ou a turnê, mas promete que vem com tudo para esse novo show porque seja no estúdio ou nos palcos, a cada canção gravada ou cantada, um sopro de alegria sai. “A música me faz muito bem, me salvou na vida. Eu sempre quis ser cantora e se isso não acontecesse seria uma pessoa triste. Vou cantar enquanto o meu coração bater”.

A cantora contou que toda a equipe, dos músicos aos técnicos, tem todo o seu apreço e fazem com que o espetáculo se torne uma experiência magnífica para o público. “Temos uma relação muito harmônica porque é assim que eu gosto de trabalhar. Sou muito próxima deles, conheço todos e faço questão de destacar o trabalho de cada um”.

NOVA ERA
Gal Costa tem parcerias com grandes nomes da música brasileira, do saudoso João Gilberto a Gilberto Gil e Caetano Veloso, e para o mais recente trabalho com a sertaneja pop Marília Mendonça (“Cuidando de longe”). Gal é plena, é musical e entende que para muitos artistas é algo que já está traçado quando nasce.

Ao assistir realities musicais como o “The Voice Brasil” ela sente falta da conexão dos cantores jovens brasileiros com a música do próprio país. “A minha geração é uma geração musical muito rica. Temos a Bossa Nova, o Tropicalismo. A morte recente de João Gilberto representa o fim de uma era. Ele é a prova de que para cantar não é preciso fazer malabarismos com a voz, é preciso ter uma verdade, uma identidade, é o que espero que as próximas gerações consigam manter com boas melodias, boas letras”.

O cenário político e cultural que o Brasil atravessa deixa Gal um pouco preocupada, principalmente nas interferências nas artes e cortes de incentivos. “a música, a cultura precisam do apoio do governo e não vejo isso acontecer”.

MATERNIDADE
Gal é mãe de Gabriel, um garoto que completou 14 anos, uma alegria em sua vida. “Ele tá impossível! Mas a maternidade é um aprendizado. Ele está descobrindo as coisas por ele mesmo, nessa idade acontecem muitas mudanças e eles começam a se achar donos de si. Mas ele é um amor de menino, educado, doce, obediente e só me trouxe alegrias”.

O SHOW
O projeto Palcos e Vozes traz uma nova proposta de entretenimento para Uberlândia. Antes de Gal subir no palco do Palácio de Cristal tem show com o quarteto formado por Edson Denizard, Fabiano Fonseca, Karine Telles e Maurício Winckler que farão um tributo ao melhor da música brasileira. A casa abre às 19h30 porque além dos shows, tem ainda um requintado jantar que será servido nas mesas e camarotes até o show de Gal começar.

REPERTÓRIO
“A Pele do Futuro” reúne 24 músicas em 20 números no show em que Gal extrai das marcas do passado um sentido contemporâneo que legitimou a súplica de “Mamãe, coragem” (Caetano Veloso e Torquato Neto, 1968), revitaliza a velocidade atordoante de “As curvas da estrada de Santos” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1969), mesmo compositor que defende em “Sua estupidez” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1969), aciona saudades com “Motor” (Teago Oliveira, 2013), traduz a ansiedade no samba-canção “Volta” (Lupicínio Rodrigues, 1957). A artista também traz canções inéditas em sua voz, como “O que é que há” (Fábio Jr. e Sérgio Sá, 1982).

O espetáculo apresenta armas leves na trincheira da alegria, com “Que pena (Ela já não gosta mais de mim)”, de (Jorge Ben Jor, 1969), a leveza pop de “Cuidando de longe” (Marília Mendonça, Juliano Tchula, Junior Gomes e Vinicius Poeta, 2015) e se joga na pista da disco music em “Sublime” (Dani Black, 2018), seguida das espelhadas luzes cintilantes em “Azul” (Djavan, 1982) e “Chuva de prata” (Ed Wilson e Ronaldo Bastos, 1984). Por fim, a cantora bota o bloco na rua com “Bloco do prazer” (Moraes Moreira e Fausto Nilo, 1979), “Balancê” (João de Barro e Alberto Ribeiro, 1937), “Massa real” (Caetano Veloso, 1981) e “Festa do interior” (Moraes Moreira e Abel Silva, 1981).

SERVIÇO

O QUE: Palcos e Vozes
QUANDO: quinta-feira (5), a partir das 19h30
SHOWS
20h – Show de abertura com Edson Denizard, Fabiano Fonseca, Karine Telles e Fabiano Fonseca, com buffet completo de entradas e jantar e bebidas à vontade.
22h – Gal Costa e banda, com o show “A pele do futuro”
INGRESSOS: a partir de R$ 270 (individual) – plateia com mesas de seis lugares e camarote com 12 lugares à venda na Lynx Optica (Av. Getúlio Vargas, 1.655) e site Mega Bilheteria (com taxa de conveniência)
INFORMAÇÕES: 99118-6224


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