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21/08/2019 às 16h25min - Atualizada em 21/08/2019 às 16h25min

Fluxo aumenta e cruzamentos de Uberlândia ganham novos semáforos

Somente neste ano foram instalados 12 novos equipamentos; gasto mensal com manutenção chega a R$ 159 mil

SÍLVIO AZEVEDO
Cruzamento entre as avenidas Mississipi e Imbaúbas recebeu semáforo recentemente | Foto: Sílvio Azevedo
Sinal de modernização ou reflexo do aumento descontrolado do número de veículos nas vias públicas? Fato é que os motoristas têm encontrado cada vez mais semáforos instalados em ruas e avenidas de Uberlândia. Nos últimos dois anos, por exemplo, entraram em funcionamento 16 novos equipamentos em cruzamentos movimentados, dois quais 12 deles somente neste ano.

Foram cerca de R$ 5,8 milhões investidos desde 2017 – cada instalação custa em média R$ 50 mil aos cofres públicos incluindo o equipamento e cabeamento. Há ainda o gasto com o consumo de energia, que gira em torno de R$ 95 mil mensais, mais o contrato com a empresa que mantém os equipamentos em funcionamento a um custo de R$ 64 mil por mês.

Hoje, segundo dados da Secretaria de Trânsito e Transportes (Settran), já são 332 semáforos espalhados por toda a cidade. “Os novos semáforos que estão sendo instalados já vêm com sinal do pedestre gradativo. O pedestre tem noção do tempo que ele tem para atravessar a faixa. Não existia e estamos começando a fazer isso agora. Existia para carro, mas para pedestre é novidade”, disse o secretário de Trânsito e Transportes, Divonei Gonçalves. 

Apesar do aumento do número de semáforos, o secretário garante que essa medida é a última opção para solucionar os problemas decorrentes do grande fluxo de veículos e pedestres. “A gente faz o monitoramento da via por muito tempo e vai tomando outras medidas possíveis, como sinalização, muda preferência, coloca mão única, instala rotatória. Chega um ponto que a transposição da via já não é mais possível, principalmente em horário de pico. A pessoa só consegue atravessar na marra. Coloca a segurança do pedestre em risco. Aí fazemos a opção com equipamento”, diz.

Ainda de acordo com Divonei Gonçalves, há outros fatores para que, tecnicamente, se chegue na opção dos semáforos. “Tem que vencer outras fases, como colocar mão única, tirar estacionamento, colocar rotatória, mexer com geometria, outras situações que a via tem condição para atender. A base principal do semáforo é o volume. Se não tiver o volume nas aproximações, condições de trafego de pedestres comprometidas, entre outros fatores, não é ele o dispositivo que deverá ser instalado. Se for, vai ser desrespeitado e será pior para o trânsito. Semáforo em excesso não significa segurança”.

Um dos cruzamentos citados pelo secretário como exemplo da necessidade de haver o equipamento é o das avenidas Imbaúbas e Mississipi, entre os bairros Chácaras Tubalina e Planalto. “Assim como na esquina do Quartel, a rotatória já não dava conta de responder pela demanda que tinha. Tinha preferência quem estava rodando a rotatória o tempo todo e o outro ficava penalizado. Pedestre nunca consegue atravessar, porque uma hora é de um lado e outra hora, do outro”.

A reportagem do Diário de Uberlândia esteve no cruzamento e conversou com motoristas sobre o semáforo. Grande parte dos entrevistados aprovou a instalação dos equipamentos, mas fez algumas ressalvas quanto ao tempo e pontos de retorno. Foi o que disse o comerciante Olegário Pereira de Lima, que passa pelo cruzamento quatro vezes ao dia. “Ficou ótimo, o único problema é que para voltar ao bairro Luizote, por exemplo, tenho que dar uma volta pela Av. Mississipi. Não tem uma outra forma”.

Já o motorista Thiago Rodrigues compreende que o semáforo dá mais segurança, apesar do tempo a mais no trânsito. “Melhorou bastante, pois diminui o risco de acidentes no cruzamento. Deixa o trânsito mais travado em horário de pico, mas prezo pela segurança”.

Wellyngton Nunes é motorista do transporte coletivo e passa várias vezes ao dia pelo cruzamento. Segundo ele, o fluxo melhorou e ficou mais seguro tanto para motoristas quanto para os pedestres. “Ficou bem melhor porque facilita a passagem dos veículos e também dá mais segurança para os pedestres atravessarem sem risco de acidentes”.

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